Raça e classe no ensino superior: revisando uma discussão clássica das relações raciais no Brasil para entender as desigualdades de acesso do negro à Universidade Pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Edinalva Moreira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32637
Resumo: Este estudo busca discutir o peso das variáveis raça e classe social sobre a distribuição dos alunos da UFMT, segundo o curso que freqüentam. Para dar suporte à essa discussão, foram realizadas duas análises. A primeira é uma análise quantitativa baseada nos dados primários do primeiro Censo Étnico-Racial da UFMT, realizado em 2003. A outra é uma análise qualitativa, realizada através de entrevistas com alunos brancos, pardos e pretos de alguns cursos. A pesquisa demonstrou que a maior parte dos estudantes dessa instituição, independente de sua cor ou raça, está presente na classe de renda baixa. Os alunos pardos e pretos são os que mais se destacam nessa classe de renda. Foi observado também que na UFMT parecem existir dois tipos de pardos, um com perfil mais próximo ao negro (preto), e outro mais próximo ao branco. As entrevistas revelam que a discriminação sócio-econômica é aquela que é primeiramente identificada pelos alunos em suas trajetórias de vida. A percepção da discriminação racial é mais tardia, fruto de um processo mais longo de amadurecimento.