Resposta biomarcadores endoteliais à infusão de L-arginina em indivíduos com hipertensão arterial sistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Garcia, Vinicius Pacheco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13052
Resumo: JUSTIFICATIVA: Hipertensão arterial sistêmica (HAS) está associada a desbalanços no metabolismo das metaloproteinases (MMPs) e na homeostase redox. Tais anormalidades podem alterar a via da L-arginina-óxido nítrico e, assim, estimular o processo de disfunção endotelial. OBJETIVO: Investigar os efeitos da infusão de L-arginina sobre biomarcadores endoteliais em indivíduos com HAS. METODOLOGIA: As amostras de sangue foram coletadas de sete pacientes com hipertensão (grupo HAS; 45 ±5 anos) e onze indivíduos normotensos (grupo CT; 37 ±3 anos) antes e durante a infusão intravenosa de L-arginina (30g) e salina (NaCl 0,9%). A infusão dessas substâncias era feita em dias distintos e não consecutivos. No soro, a mensuração das concentrações de NO● foi realizada através do analisador de NO, a peroxidação lipídica pela quantificação das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), a atividade das MMP-2 e MMP-9 pela técnica de zimografia, a concentração do inibidor tecidual específico de metaloproteinases 1 (TIMP-1) e a atividade de superóxido dismutase (SOD) por ensaios imunoenzimáticos. O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética da Instituição (CAAE 01634412.9.0000.5243). RESULTADOS: Em condições basais, a concentração de NO, a atividade da MMP-2, a concentração de TIMP-1 e a atividade de SOD foram semelhantes entre os grupos (P>0,05), enquanto que os níveis de TBARS e a atividade da MMP-9 foram superiores no grupo HAS quando comparado ao grupo CT (TBARS, grupo CT: 4,06 ±0,46 nmol/mL, grupo HAS: 6,30 ±0,53 nmol/mL, P=0,02; MMP-9, grupo CT: 0,67 ±0,12 u.a. grupo HAS: 1,28 ±0,17 u.a., P=0,02). Durante a infusão de L-arginina, a concentração de NO aumentou somente no grupo CT (basal: 0,68 ±0,07 μM, infusão: 0,78 ±0,05 μM, P=0,01), deixando-a diferente do grupo HAS (grupo CT: 0,78 ±0,05 μM, grupo HAS: 0,51 ±0,08 μM, P=0,03). Este aumento da concentração de NO (Δinfusão-basal) apresentou associação negativa com a pressão arterial sistólica basal no grupo HAS (r= -0,83, P=0,04). A atividade da MMPs diminuiu com a infusão de L-arginina no grupo HAS (MMP-2, basal: 1,41 ±0,20 u.a., infusão: 1,11 ±0,14 u.a., P=0,02; MMP-9: basal: 0,88 ±0,12 u.a., infusão: 0,57 ±0,06 u.a., P=0,01), bem como a razão MMP-9/TIMP-1 (grupo CT: 0,003 ±0,001 u.a., grupo HAS: 0,002 ±0,001 u.a., P=0,01). Apesar da L-arginina ter normalizado as concentrações de TBARS no grupo HAS (P=0,21 vs. grupo CT), a atividade da SOD foi maior no grupo CT (grupo CT: 1,42 ±0,19 U/mL, grupo HAS: 0,33 ±0,23 U/mL, P=0,01). A infusão de salina não alterou as variáveis supracitadas em ambos os grupos. CONCLUSÃO: Apesar de os pacientes com hipertensão apresentarem uma menor biodisponibilidade de NO, a infusão de L-arginina foi capaz de reduzir as atividades totais das metaloproteinases -2 e -9, bem como da atividade líquida da MMP-9 (MMP-9/TIMP-1). Além disso, a infusão de L-arginina reduziu os níveis de estresse oxidativo, contudo, não alterou a atividade antioxidante desse grupo de indivíduos