Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Mello, Marcela Freire Vallim de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/10670
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Resumo: |
A flora microbiana do estômago do ser humano e dos animais tem sido pesquisada com maior intensidade, desde a descoberta das bactérias do gênero Helicobacter e da sua associação com o desenvolvimento de lesões gástricas. Primatas não-humanos do “Velho Mundo” têm sido propostos como modelos experimentais para pesquisas referentes a esses patógenos. No entanto, poucos dados existem sobre a infecção por Helicobacter sp. em primatas do “Novo Mundo” e nenhum relato foi feito em símios da fauna brasileira. O objetivo desse trabalho foi investigar a presença de Helicobacter sp. e de alterações histopatológicas na mucosa gástrica de sagüis (Callithrix sp.) mantidos em cativeiro. Trinta sagüis adultos, machos e fêmeas, sendo seis da espécie Callithrix jacchus, doze C. kuhli e doze C. geoffroyi, foram utilizados no estudo. Fragmentos das regiões do fundo, corpo e antro foram colhidos de estômagos fixados em formol tamponado a 10%. As amostras foram processadas e incluídas em parafina, para microscopia óptica. Os cortes foram utilizados para a coloração de rotina de hematoxilina-eosina (HE), coloração especial de prata pelo método de Warthin-Starry (WS) e para reação de imuno-histoquímica (IHQ) com anticorpo policlonal anti-H. pylori, de coelho, anticorpos policlonais anti-colágenos I e III e anticorpo monoclonal anti-colágeno IV. A reação de IHQ com anticorpo anti-H. pylori foi utilizada como exame padrão para o diagnóstico de Helicobacter sp. Quinze casos apresentaram marcação positiva para Helicobacter sp. na IHQ, enquanto que em 29 casos foram observados organismos morfologicamente compatíveis com Helicobacter sp. corados pela prata. Infiltrado inflamatório mononuclear, com predomínio de linfócitos, entre plasmócitos e macrófagos, na lâmina própria da mucosa gástrica e folículos linfóides foram os achados histopatológicos mais comuns observados nos sagüis Helicobacter sp.-positivos e negativos. Os colágenos tipo I, III e IV foram detectados em estruturas da parede gástrica dos animais Helicobacter sp.-positivos e negativos, sem diferença óbvia entre os dois grupos quanto à intensidade ou à localização da marcação. A técnica de imuno-histoquímica é eficaz na detecção do Helicobacter sp. em sagüis. A coloração pela prata pode evidenciar microrganismos com forma bacilar ou cocóide, sem identificar o gênero de bactéria presente, possibilitando resultados falso-positivos. Os resultados obtidos indicam que os sagüis podem ser naturalmente infectados por Helicobacter sp. e desenvolver lesões gástricas, o que favorece o desenvolvimento de estudos comparativos em relação à infecção por esse gênero de bactérias no homem |