As depressões: uma questão clínica e discursiva?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lima, Amanda Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3346
Resumo: Filiada ao aparato teórico metodológico da Análise do Discurso (PÊCHEUX, 1969; ORLANDI, 1984), bem como ao escopo teórico da Psicanálise a partir da leitura lacaniana de Freud, esta dissertação analisa o funcionamento das determinações históricas que constituem discursos sobre o movimento e aumento das chamadas depressões. Para tal, toma-se como material de análise desta pesquisa o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4th. edition, DSM-IV, em português, conhecido como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, em sua quarta edição (DSM-IV-1995). Considera-se o quadro teórico-epistemológico da Análise do Discurso, uma abordagem bastante complexa, pois trabalha nas relações entre alguns saberes e nas rupturas. Trata-se de uma teoria que parece estar sempre nos limites, nas fronteiras, nas margens com relação às demais formas de conhecimento que trabalham com a linguagem. Esta pesquisa a-bordou mais especificamente as fronteiras entre a Análise do Discurso e a Psicanálise no que diz respeito à análise das depressões, ou seja, analisou-se a materialidade textual do DSM-IV e, ao mesmo tempo, foram tecidas considerações clínicas sobre as depressões. Outro ponto relevante no trabalho foi tomar a palavra ‘depressão’, pela vertente significante. Em outras palavras, queremos dizer que não há sentido a priori, mas no só depois (LACAN, 1998[1964]). O significante, em si, tal como pensado por Lacan (1998[1964]), inserido na reflexão da linguística saussuriana, não representa nada. Desse modo, se fez possível discutir o que uma análise discursiva teria a dizer acerca das possibilidades de deslocamento dos discursos sobre as chamadas depressões em determinações ideológicas que atravessam o discurso científico e suas as práticas