O uso da cafeína como indicador de contaminação por esgoto doméstico em águas superficiais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gonçalves, Eline Simões
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3603
Resumo: Estudos recentes em várias partes do mundo têm relatado a distribuição de produtos farmacêuticos e de higiene pessoal (PPCPs), em águas superficiais contaminadas por efluentes de esgoto. Um potencial indicador e/ ou marcador de contaminação antrópica é cafeína. A cafeína é amplamente consumida pela população e sua utilização como indicador de poluição das águas superficiais por esgoto doméstico foi avaliada neste estudo. Concentrações de cafeína em amostras coletadas no rio Paquequer, localizado no município de Te resópolis/ RJ, foram comparadas com outros tradicionais parâmetros de qualidade da água (fosfato, nitrato, amônio, condutividade elétrica, coliformes totais e coliformes fecais), a fim de caracterizá - la como um eficiente indicador de poluição antrópica urb ana no ambiente aquático. O rio Paquequer nasce no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) e seu percurso corta grande parte da área urbana do município de Teresópolis. Desta forma, foram coletadas amostradas de água em sete pontos ao longo do rio, c onsiderando os diferentes usos do solo (3 pontos na área preservada e 4 pontos na área urbana do município) e os períodos de chuva e estiagem. A cafeína foi detectada utilizando extração em fase sólida (SPE) e a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HP LC) com detector de arranjo de diodos (DAD); suas concentraçõe s foram encontradas em um intervalo de 0,16 a 47,5 μg L - 1 , com um limite de detecção de 0,05 μg L - 1 e de quantificação de 0,15 μg L - 1 . As menores concentrações de cafeína foram encontradas em amostras analisadas na área do PARNASO, a correlação entre essas concentrações e as de amônia e fosfato encontradas nesta área não obtiveram qualquer relação, o que sugere a provável presença de fontes naturais de cafeína, tais como a vegetação, e não, fontes antrópicas. Já os resultados encontrados ao longo da área ur bana mostram um incremento e uma significativa correlação entre as concentrações de cafeína, amônia e fosfato, em conformidade com o aumento do aporte de esgoto no rio. Esses resultados sugerem que a cafeína pode ser utilizada como indicador de contaminaçã o por esgoto doméstico em águas superficiais, principalmente quando há dúvidas sobre a fonte da contaminação.