Fontes e distribuição de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos em sedimentos de fundo e testemunhos sedimentares da zona costeira amazônica: regiões de Belém e Barcarena (PA) e Santana (AP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lima, Edgar Alexandre Reis de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6895
Resumo: Nos últimos anos, a demanda por energia tem aumentado significativamente e seus efeitos, no meio ambiente, são severos. Os impactos decorrentes sobretudo da queima de combustíveis fósseis referem-se à emissão de diversos compostos na atmosfera, sendo alguns deles os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), que constituem o tema principal deste trabalho. Associados às questões da queima de combustíveis, os grandes incêndios florestais na Amazônia contribuem com uma parcela importante na introdução destes compostos no ambiente. Além das emissões atmosféricas, outras fontes de contaminação estão associadas aos acidentes envolvendo o transporte e transbordo de petróleo, aos efluentes domésticos e aos industriais que lançam no sistema consideráveis quantidades de HPAs, favorecendo sua disseminação pela região. Alguns destes compostos possuem propriedades carcinogênicas para organismos aquáticos e podem entrar na cadeia alimentar chegando ao homem. Realizar uma avaliação ambiental, caracterizando as fontes e as distribuições de HPAs em sedimentos, pode ajudar a esclarecer quais as principais atividades que influenciam as características ambientais da região, além de auxiliar no monitoramento das atividades industriais e dos problemas advindos de derrames de óleo na zona costeira amazônica. Este trabalho foi conduzido no âmbito do Projeto Piatam-Mar, que está realizando o levantamento das condições ambientais da Zona Costeira Amazônica, desde o Amapá até o Maranhão. As cidades escolhidas, para o desenvolvimento desta pesquisa, foram: Santana (no Amapá), Barcarena e Belém (ambas no Pará), as quais possuem atividades portuárias e industriais possivelmente afetadas por problemas ambientais derivados de suas atividades. Nos locais de estudo, foram coletados sedimentos de fundo, para avaliar a distribuição superficial, e testemunhos sedimentares, a fim de realizar o estudo temporal, visando esclarecer quais são as fontes predominantes de HPAs. Foram analisados HPAs (41 compostos), carbono orgânico, nitrogênio total e granulometria. Os compostos aromáticos foram analisados utilizando a cromatografia gasosa (CG) associada à espectrometria de massa (EM) e os resultados mostraram que as concentrações de HPAs totais foram semelhantes para a região de Belém (entre 140,5 e 566,1 ng.g-1) e Santana (entre 100,7 e 553,5 ng.g-1), enquanto a região de Barcarena apresentou resultado mais elevado (entre 389,8 e 35239,9 ng.g-1), sugerindo um aporte diferenciado relacionado às atividades industriais da cidade. Os resultados analíticos mostraram grande predominância de Perileno nos sedimentos estudados, cuja interpretação foi complementada pelo estudo das razões diagnósticas, propondo influência de processos biológicos e diagenéticos atuantes, além de processos de queima de biomassa derivada da floresta Amazônica. As fontes antrópicas são observadas em alguns pontos, onde foi possível fazer uma avaliação de TEL e PEL inferindo características toxicológicas em algumas amostras, principalmente da região de Barcarena. Para os testemunhos, observou-se uma característica de aumento das concentrações nas partes mais superficiais, sugerindo aportes derivados da queima de biomassa e de processos diagenéticos. As análises estatísticas (correlações lineares e análise de componentes principais) valorizaram os resultados analíticos e as interpretações observadas no trabalho