Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Julio Carlos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/31959
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Resumo: |
Uma espécie de “nova onda transnacional”, única desde meados dos anos 60, vem se afirmando ao longo das últimas décadas. É curioso atentarmos para o fato de que realizadores tão diferentes como Apichatpong Weerasethakul, Claire Denis, Hou HsiaoHsien, Tsai Ming-Liang e Pedro Costa, além de muitos outros, tais como Edward Yang, Karim Aïnouz, Lucrecia Martel, Gus Van Sant, apresentam uma sensibilidade em relação aos valores do mundo e do cinema de vários pontos de contato. Algo que os aproxima, sem dúvida, de grandes nomes do cinema moderno, reafirmando questões tradicionais em outros termos, em um processo de radicalização do movimento de esvaziamento da noção de representação em nome de outras formas de apreensão da realidade. O objetivo desta tese é recuperar uma tradição esquecida dentro da teoria cinematográfica de autores de inspiração fenomenológica, como Andre Bazin, Amédée Ayfre, Michel Mourlet, Roger Munier e Jean Mitry, com o intuito de atender a uma demanda que vem dos próprios filmes, que operam na diluição de todas as fronteiras e dualismos (entre conceito e sentimento, entre corpo e personagem, entre o “real” e seus prolongamentos espectrais, entre mise-en-scène e exercício do olhar), e procuram nos encantar com suas imagens e força sensorial. Maurice Merleau-Ponty e Gilles Deleuze também são convocados e nos ajudam a investigar os filmes de Denis, Costa, Tsai e Apichatpong. O que se afirma, ao fim, é uma maneira diversa de ver o cinema, como um processo de figuração constante, em uma dialética entre o pensado e o impensado, entre o visível e o invisível. O cinema como uma arte que faz falar o espaço e a luz que aí estão, que capta o olhar das coisas, que não é uma apreciação, nem um julgamento do mundo, mas crença e fé no nascimento continuado deste |