A descolonização epistemológica pela morte aos olhos da infância: análises da literatura de Bartolomeu Campos de Queirós e de Mia Couto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sabino, Camila Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/2885
Resumo: Este trabalho consiste em uma análise comparativa das obras Até passarinho passa e Por parte de pai do escritor brasileiro Bartolomeu Campos de Queirós e O beijo da palavrinha e A chuva pasmada do escritor moçambicano Mia Couto, obras endereçadas ao público infantil e juvenil. O objetivo é investigar consonâncias e divergências dos tratamentos literários dados às temáticas da morte e da infância, e analisar, a partir desses tratamentos, processos histórico-culturais que permitem equacionar as heranças coloniais nos contextos sociais e políticos do Brasil e de Moçambique. O protagonismo infantil e as representações literárias das famílias frente à morte permitem refletir sobre o lugar da infância como lugar de trânsito e de produção de cultura o que, em consequência, desloca o papel do adulto e das instituições sociais e permite pensar na multiplicidade sócio-cultural constitutiva das identidades individuais e sociais. Buscamos, com tais deslocamentos observados nas propostas literárias concernentes ao corpus deste trabalho, defender a necessidade de aprimorar o processo de descolonização política e epistemológica dos espaços sociais marginalizados, compreendendo a modernidade e o sistema-mundo capitalista como a dupla face da colonialidade