Auriculoterapia no alívio de náuseas e vômitos no ambulatório de quimioterapia adulto: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Contim, Carolina Lélis Venâncio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16662
Resumo: O câncer é uma doença crônica não transmissível que afeta várias dimensões da vida humana e causa importante impacto na sociedade. E nesse contexto, a saúde dos homens vem ganhando destaque, pois, no Brasil, há o predomínio do sexo masculino tanto na incidência (53%) quanto na mortalidade (57%) por neoplasias. É comum os homens demorarem a procurar atendimento médico, permitindo que os casos de saúde se agravem. A quimioterapia é uma modalidade terapêutica para o câncer que pode ocasionar diversos efeitos colaterais e os mais comuns são as náuseas e vômitos. Quando intensos, esses sintomas afetam a qualidade de vida e podem contribuir para o abandono do tratamento, pois o controle não é total com a terapêutica antiemética disponível e estima-se que um terço dos pacientes não respondem aos antieméticos. Por isso, têm se empregado medidas não farmacológicas associadas à terapêutica convencional, visando favorecer o equilíbrio e o autocontrole dos pacientes, como a Auriculoterapia. Objetivos: Geral - propor um protocolo de cuidados de enfermagem utilizando a auriculoterapia para alívio de náuseas e vômitos em pacientes submetidos à quimioterapia. Específicos - caracterizar o perfil sóciodemográfico e de saúde dos homens submetidos à quimioterapia com drogas de alto grau de emetogenicidade; aplicar auriculoterapia em homens submetidos à quimioterapia com drogas de alto grau de emetogenicidade; e analisar os efeitos da utilização da auriculoterapia no alívio de náuseas e vômitos em homens submetidos à quimioterapia com drogas de alto grau de emetogenicidade. Método: Trata-se de um estudo quantitativo – Ensaio clínico randomizado realizado entre agosto de 2018 e junho de 2020 com 51 homens, de 18 a 59 anos, em tratamento com drogas de alto grau de emetogenicidade a partir do segundo ciclo de quimioterapia. Pesquisa desenvolvida no ambulatório de quimioterapia de um hospital de alta complexidade em Oncologia, sendo excluídos os pacientes com história anterior de uso de antieméticos não padronizados pela instituição. A pesquisa cumpriu os termos da Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, com a submissão do projeto aos Comitês de Ética e a assinatura de todos os participantes no Termo de Consentimento Livre Esclarecido. A randomização ocorreu mediante a definição de dois grupos: o A fez uso da auriculoterapia verdadeira e antieméticos; e o B constituiu o grupo controle, que utilizou a auriculoterapia falsa (placebo) e antieméticos. A análise estatística baseou-se na ocorrência e intensidade das náuseas e vômitos, medidas pela escala do National Cancer Institute dos primeiros sete dias pós-quimioterapia a partir de diário fornecido aos participantes, que versava também sobre a ansiedade. Resultados: Os resultados mostraram que a auriculoterapia verdadeira se distinguiu significativamente do placebo na melhora do estado de náuseas, contudo, para o vômito, não houve diferença expressiva. Ao considerar a percepção dos pacientes, o tratamento com auriculoterapia verdadeira apresentou proporção significativamente maior de melhora desses sintomas e da ansiedade. Conclusão: Portanto, essa técnica se mostrou vantajosa, como estratégia de enfrentamento desses sintomas, favorecendo a complementaridade em detrimento da exclusão e ampliando a variedade de opções para os cuidados em saúde em oncologia.