As faces da comunicação no cuidado da enfermeira militar em unidade de pronto atendimento 24h (UPA 24H)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Thalita Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/1122
Resumo: A comunicação constitui-se em um instrumento básico à prática de enfermagem ao estabelecer a expressão do cuidado. Assim, a presente pesquisa utilizou como referencial teórico alguns pressupostos e conceitos da Teoria Interacionista de Joyce Travelbee e teve como objetivo geral analisar a comunicação enfermeira-paciente no cuidado de enfermagem em unidade de pronto atendimento 24h (UPA 24h). De caráter descritivo, abordagem qualitativa elegeu como instrumento de coleta de dados a entrevista semi-estruturada aplicada a dez enfermeiras 2º Tenentes Bombeiro Militar no cenário da UPA 24h situada no município de Belford Roxo. Os resultados apontaram que a maioria das depoentes estão na faixa etária de 20 a 29 anos e formação concluída nos últimos quatro anos. A análise temática das falas possibilitou evidenciar três categorias: a comunicação revelada na prática de enfermagem; a comunicação enfermeira-paciente nos espaços de cuidado da UPA 24h e aspectos da relação interpessoal enfermeira-paciente na UPA 24h. Na primeira, a comunicação é percebida pelas depoentes como essencialidade do cuidado e interação, além de possibilitar o sentimento de confiança explicitado por Travelbee. A outra aponta a comunicação como estratégia de escuta, aproximação, direcionamento do cuidado, intervenção e sensibilidade. Quanto às especificidades da relação enfermeira-paciente na UPA 24h foram descritas atitudes que significam a relação interpessoal como escuta, solicitude, cordialidade, atenção o que são para elas consideradas como abordagem humanística. Mas, as falas expressam ainda atitudes de imparcialidade e defesa que objetivam a relação de cuidado. Em relação aos pressupostos teóricos destacamos que neste estudo a interpretação dada a relação enfermeira-paciente como objetividade não é entendida como a superficialidade definida por Travelbee. Concluindo, embora a organização e a orientação de fluxos instituídas na UPA 24h sejam ferramentas consideradas facilitadoras de condutas profissionais pertinentes aos vários espaços de cuidado, os dados mostraram que a comunicação enfermeira-paciente e o cuidado implementados acontecem em suas faces objetivas e subjetivas independente do ambiente por ser uma relação ser humano-ser humano. Deste modo, a compreensão destas questões deve incentivar reflexões na prática assistencial e novas pesquisas, principalmente, por se tratar de uma política pública de saúde que tende à expansão no cenário nacional