Influência do pH do tempo de contato na lixiviação dos metais constituintes de brincos

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Silva, Nathália Carvalho da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Bijuterias; Lixiviação de metais; Brincos; Alergias; Engenharia metalúrgica; Lixiviação; pH; Brinco; Produção intelectual; Jewelry; Metal leaching; Earrings; Allergies
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26639

A presença de elementos tóxicos em bijuterias tem se tornado muito frequente, uma vez que são utilizadas ligas metálicas de baixo custo na produção, o que gera preocupação uma vez que o Brasil, através do INMETRO, regulamenta somente as quantidades de cádmio e chumbo neste tipo de material, o que pode trazer danos à saúde humana devido a toxicidade de alguns elementos químicos. Diante disso, diversas pesquisas vêm sendo realizadas a fim de se encontrar a verdadeira causa para este problema e a toxicidade dos metais presente na composição química destes acessórios, visto que alguns estudos relataram a absorção de metais através da pele, com a ação do suor a partir da liberação de íons metálicos constituintes das bijuterias, causando alergias como dermatite de contato e processos inflamatórios na pele. Diante deste contexto, o presente trabalho teve como objetivo verificar a influência de diferentes pH (3,5; 5,5 e 7,5) através de ensaios de lixiviação de metais em brincos ao longo do tempo. As amostras de brincos (prata e dourada) compradas em Barra do Piraí/RJ foram colocadas nas soluções de diferentes pH e retirou­se alíquotas nos tempos de 15, 30, 60 e 365 dias, para a quantificação por ICP OES dos elementos lixiviados e caracterização da superfície por MEV/EDS. Com os resultados obtidos pode­se perceber que as amostras douradas em contato com a solução de pH 3,5 (ácido), apresentaram uma maior lixiviação dos metais Cu (1,85 – 244,37 μg g­1 ), Ni (0,46 – 10,40 μg g­1 ) e Zn (0,17 – 149,40 μg g­1 ) e nas imagens do MEV pode­se observar pontos de corrosão evidenciando a liberação dos metais constituintes das amostras. Com este estudo conclui­se que o contato do metal com a pele pode causar intoxicações, já que na simulação pode­se perceber a lixiviação de alguns metais.