Lugar de mulher é no futebol: Dulce Rosalina e a representatividade feminina nas torcidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Araújo, Daniela Torres de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16404
Resumo: A pesquisa tem como objetivo analisar a representação da figura da mulher torcedora de futebol por meio dos relatos construídos pela mídia esportiva. A ideia é problematizar tanto a construção imagética quanto o apagamento da mulher nas narrativas relacionadas ao esporte, inspirada nos conceitos da teoria crítica feminista, e correlacionar com os fatos históricos que marcaram a sociedade brasileira especialmente nas décadas de 1950 até 1970. Além disso, o trabalho se propõe a identificar o papel da mulher dentro da hierarquia das torcidas, bem como a sua resistência em um ambiente majoritariamente masculino. Para tanto, o estudo se concentra na figura de Dulce Rosalina, primeira mulher líder de torcida organizada no Brasil e torcedora de maior destaque do Club de Regatas Vasco da Gama, através de reportagens veiculadas no Jornal dos Sports durante o período da sua presidência na Torcida Organizada do Vasco. Com resultados, temos que Dulce Rosalina foi uma figura extraordinária no ambiente futebolístico e enfrentou diversos mecanismos limitadores do seu empoderamento na torcida, como sexismo, impedimento político no Vasco da Gama e violência na arquibancada. Apesar de não se auto identificar como feminista, sua trajetória transcendeu tornando-se um dos símbolos na luta pela legitimação do espaço feminino na cultura do torcer.