Análise de polimorfismos em genes envolvidos no metabolismo do ácido fólico e a avaliação de risco para a ocorrência de Síndrome de Down

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Maia, Hazel Nunes Barboza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26454
Resumo: INTRODUÇÃO: A síndrome de Down (SD) é a principal causa de anomalias cromossômicas com incidência estimada em 1/1000 nascimentos. A maioria dos casos de SD surgem pela presença de um cromossomo 21 extra durante a segregação cromossômica anormal na gametogênese materna. Os fatores de risco para a não disjunção meiótica têm sido amplamente investigados pois a idade materna avançada é o único fator de risco estabelecido. Vários estudos sugeriram associação entre variações em genes que codificam enzimas do metabolismo anormal do ácido fólico e a segregação cromossômica anormal. O metabolismo anormal do folato tem sido associado a hipometilação do DNA, distúrbios na recombinação meiótica e segregação cromossômica anormal. HIPÓTESE: Polimorfismos em genes que codificam enzimas participantes do metabolismo do ácido fólico são fatores de risco para a síndrome de Down. OBJETIVO GERAL: Analisar a associação entre as variantes alélicas MTHFR 677C>T, DHFR del19pb, MTRR c.66A>G e a ocorrência da síndrome de Down. MATERIAL E MÉTODOS: Um estudo caso-controle foi conduzido com 125 mães de portadores de SD (MSD) e seus filhos; e 250 mães controle (MCT) e seus respectivos filhos. As amostras de material biológico foram coletadas no IPPMG na UFRJ e um questionário com os dados epidemiológicos foi preenchido no momento da coleta. O DNA genômico foi extraído das células bucais. As análises moleculares dos polimorfismos DHFR del19pb, MTHFR 677C>T e MTRR 66A>G foram realizadas por reação em cadeia da polimerase (PCR), Polimorfismo de Comprimento de Fragmento de Restrição (RFLP) e PCR em Tempo Real para discriminação alélica, respectivamente. RESULTADOS: Cerca de 60% das mães de pacientes com SD apresentavam na gestação idade igual ou superior a 35 anos e 97% (n=118) realizaram pré-natal. A maioria das gestantes, em ambos os grupos, não foi exposta a agentes teratogênicos e utilizou vitaminas durante a gestação. A frequência do alelo mutado para o polimorfimo DHFR del19pb foi de 0,46 em MSD e 0,53 em MCT. A presença do genótipo del/del foi significativamente associada a um aumento de risco para SD (p=0,04). Para o polimorfismo MTHFR 677C>T não houve diferença na frequência do alelo 677T nas MCT (0,29) e MSD (0,30). As frequências encontradas para o alelo MTRR 66G foram de 0,36 e 0,37 nas MSD e MCT, respectivamente. Estes resultados não demonstraram evidência dos alelos MTHFRT e MTRRG serem fatores de risco para a SD. Para os polimorfismos analisados, casos e controles estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg. A presença combinada de múltiplos alelos mutados não sugeriram aumento no risco para SD. CONCLUSÃO: A análise do polimorfismo DHFR del19pb revelou uma associação positiva para os genótipos del/del e wt/del quando comparados ao genótipo wt/wt, sugerindo que este polimorfismo quando analisado independente modula o risco materno para SD. A análise de genótipos combinados para os polimorfismos MTHFR 677C>T, DHFR del19pb e MTRR c.66A>G não demonstrou aumento de risco para SD