O Castelo de Guédelon e o medievalismo contemporâneo
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/26684 http://dx.doi.org/10.22409/PPGAU.2021.d.08295790790 |
Resumo: | O Castelo de Guédelon pode ser compreendido como um ambicioso projeto de [re]criação ou [re]construção histórica do passado medieval, em andamento desde 1998, no interior da Borgonha Francesa. Respeitando as mesmas condições de trabalho e utilizando as técnicas construtivas do século XIII, o projeto busca recuperar o modus operandi do passado, por meio de uma metodologia diferenciada conhecida como “Arqueologia Experimental”. Apesar de emblemático e famoso, Guédelon não foi o primeiro arquétipo dessa tendência passadista ou nostálgica de [re]construção do medievo. Muitos antecederam o projeto francês e seguindo a mesma metodologia, na Alemanha foram produzidos o Bachritterburg Kanzach e a Mittelalterhaus Nienover. Importantes “Museus Vivos”, “Museus a Céu Aberto” ou “Museus ao ar Livre”, dedicados ao Historical Reenactment e Living History. Duas práticas educativas lúdicas e dinâmicas, que possuem o objetivo de [re]criar peças/elementos artísticos medievais e/ou [re]viver aspectos socioculturais da dita Idade Média. Mais recentemente, aberto ao público em 2013, Campus Galli - Karolingische Klosterstadt em Meßkirch representa a mais nova experiência arqueológica tão ou quiçá mais grandiosa que Guédelon, a produção de um complexo monasterial carolíngio da ordem beneditina, inspirado na Planimetria ou “Plano de Saint Gall”, originalmente datada do início do século IX. Todos esses exemplos representam de forma dramática a materialidade da rememoração da Idade Média na contemporaneidade e comprovam a atratividade que ainda hoje o medievo exerce no imaginário social. Nessa tese o Historical Reenactment, o Living History e todas essas [re]construções arqueológicas do passado medieval são abordadas e analisadas a partir do campo de estudos do “Medievalismo”. Uma disciplina acadêmica em célere desenvolvimento, destinada a abarcar todos os tipos de interação com a Idade Média e a recepção da cultura medieval em períodos pósmedievais. Não obstante, a pesquisa buscou compreender essas expressões do medievalismo contemporâneo a partir de uma imersão densa e profunda, por meio da vivência, participação e experimentação. Apropriando-se da metodologia etnográfica da “Participação Observante”, desenvolvida pelo antropólogo francês Loïc Wacquant, com a orientação de Pierre Bourdieu. |