A produção do campo da responsabilidade social empresarial no Brasil e nos Estados Unidos: atores, ideais e instrumentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Duarte, Francisco José Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8382
Resumo: O presente estudo busca compreender a expansão do movimento de responsabilidade social empresarial no Brasil e nos Estados Unidos. Para tanto, tomamos como eixo de análise o processo de formação e expansão do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Isto porque a gênese deste Instituto remonta o contato de um grupo de empresários brasileiros com a organização estadunidense, Business for Social Responsibility (BSR). Logo, demonstramos como se deu formulação da ideia de RSE no campo empresarial estadunidense e o processo de formação e consolidação do BSR enquanto um dos principais agentes difusores desta ideia no plano internacional. Em seguida, considerando as diferenças entre as duas sociedades, sobretudo no que tange às culturas empresariais, procuramos entender as relações do Ethos com o BSR e como a organização brasileira traduziu a concepção de RSE do BSR para o cenário brasileiro. No bojo deste processo, ressaltamos também os mecanismos de distinção que o Ethos imprimiu na concepção importada, observando assim as peculiaridades do projeto construído pelo Instituto. Com vistas a compreender a dinâmica deste movimento de forma mais profunda, analisamos também a inserção da concepção de RSE produzida pelo Ethos na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Dando ênfase aos conflitos que permeiam os projetos políticos das quatro organizações abordadas, defendemos a tese de que o movimento de RSE é um campo de poder e como tal é um espaço de disputas em torno dos significados da própria ideia de RSE