Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Yolanda Gafrée |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9269
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Resumo: |
Esta tese propõe abordar, de uma perspectiva comparada e contrastiva, a confecção de arenas públicas anti-racistas e a construção de uma questão pública racismo, a partir das etnografias realizadas no estado do Rio de Janeiro, no Brasil, e na cidade de Paris, na França. No primeiro caso, damos especial atenção às reivindicações de direitos e aos processos de reconhecimento de comunidades remanescentes de quilombo em áreas rurais e urbanas do estado do Rio de Janeiro. No segundo, acompanhamos as reivindicações de direitos e por justiça, a formulação de demandas de reparação histórica e as mobilizações de combate à discriminação em espaços associativos na cidade de Paris. A confecção de gramáticas políticas e a produção de categorias identitárias inclui, assim, a participação de pesquisadores que aparecem na condição de especialistas, operadores do direito, funcionários de agências governamentais, assim como integrantes de associações, coletivos e comunidades. No Brasil, as reivindicações de direitos, sobretudo territoriais, e os investimentos em torno de uma identidade quilombola perpassam os processos de construção de direitos diferenciados e de demandas de reparação histórica, considerando a elaboração de narrativas em torno de uma memória da escravidão e dos diacríticos associados a uma cultura afro-brasileira. Na França, os investimentos em torno de uma identidade como ‗descendentes de imigrantes‘, como ‗negros‘ e como ‗árabes‘, assim como as reivindicações de direitos e por justiça, incluem a elaboração de narrativas vinculadas ao passado colonial. Perpassam, em ambos os contextos, a elaboração de políticas de intervenção direcionadas e a construção de laços de pertencimento ao território, narrado e vivido. Adquirem, por sua vez, linguagens e repertórios distintos associados às concepções de cidadania, justiça e igualdade, bem como aos processos históricos locais. |