Estudos de poder da imprensa: a prática de reportar como componente do dispositivo disciplinar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Marcelino, Rodrigo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/20622
Resumo: Qual o sentido da reportagem? O repórter não designa uma prática que reporta e recolhe dados de qualquer natureza, para transformá-los em informação de acontecimentos. Não é uma prática que, pelo seu saber reconhecido através de determinadas formas jurídicas, se instrumentalizaria para efetivar seu exercício. Esta prática designa antes de tudo, uma nova percepção, um componente com uma finalidade particular chamada qualquer um , que se produziu, em nossa cultura, na metade do século XIX. Um componente das relações de poder na imprensa, proposto à finalidade de um eu qualquer que reúne, verifica e produz a verdade, concernente à luz da consciência, através da produção de notas, entrevistas, biografias, fotografias etc. Um componente do dispositivo disciplinar, no sentido de Michel Foucault (1977; 2008). É, portanto, mais interessante não deixar de lado esses aspectos e estudar diretamente essa forma singular de produção de verdade, que a imprensa vinculou à própria produção da sua prática. Assim sendo, no lugar de denunciar a ilusão dessa ordem do discurso, vale à pena examinar, do ponto de vista histórico, algumas estratégias que organizam a ruptura de sua prática, que se configura também em torno das revistas ilustradas. Com efeito, o repórter, a partir das revistas ilustradas, tem o estatuto de visibilidade agregado a sua própria narrativa. Nas revistas ilustradas, uma visibilidade indicial se torna algo inserido e previsto. A fotografia se tornar uma série comunicativa no componente, imagem criada pela luz (BRITO, 1895), gêmeo luminoso de um enunciado. Considerada outra parte da ordem do discurso, a partir do começo do século XX, uma ruptura na visualidade de uma prática de poder finalista já instituída