Avaliação da ressonância magnética de crânio de pacientes em idade escolar que nasceram prematuramente e tiveram hemorragia intracraniana ao nascimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Leandro Lopes Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9722
Resumo: INTRODUÇÃO: As taxas de prematuridade vêm aumentando cada vez mais em todo o mundo e apesar dos avanços da medicina, que determinaram aumento da sobrevivência destes pacientes, muitos apresentam morbidade, causada por acometimento do sistema nervoso central, sendo a hemorragia intracraniana (HIC) perinatal a mais comum, principalmente nos de idade gestacional abaixo de 32 semanas e peso menor que 1000g. O exame de escolha para seu diagnóstico perinatal é a ultrassonografia transfontanela (USTF). O local mais comumente acometido é a matriz germinativa. Quando estes pacientes atingem a idade escolar, o método de escolha para sua avaliação é a ressonância magnética do crânio (RMC). OBJETIVO: investigar se há presença de lesões cerebrais sequelares, através da RMC, em pacientes em idade escolar que foram prematuros e tiveram hemorragia intracraniana perinatal diagnosticada pela ultrassonografia transfontanela. MATERIAL E MÉTODOS: foram realizadas RMC em 22 pacientes escolares que nasceram prematuramente na maternidade do Hospital Universitário Antônio Pedro, sendo que 15 apresentaram HIC perinatal (grupo HIC) e sete apresentaram ultrassonografia transfontanela perinatal normal (grupo Controle). Foram analisadas as RMC destes pacientes, relacionando-as aos dados da USTF perinatal e as variáveis relacionadas às intercorrências maternas durante a gravidez, dados do parto e intercorrências pós-natais dos prematuros, comparando-se os dois grupos. Foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para avaliação da distribuição dos dados e empregou-se o teste t-Student para as variáveis quantitativas e qui-quadrado para as qualitativas. Calculou-se a razão de chances de ocorrer alteração à RMC e o índice de kappa para a discrepância entre os laudos dos radiologistas. RESULTADOS: Todos os escolares do grupo controle apresentaram RMC normal. Dos 15 pacientes do grupo HIC, seis (40%) tiveram alteração no exame de RMC na idade escolar, sendo dois (13,3%) com alteração ventricular isolada e quatro (26,7%) com alteração ventricular associada à parenquimatosa. Sessenta porcento dos pacientes do grupo HIC apresentaram RMC normal. Os pacientes que tiveram HIC perinatal apresentaram maior chance (OR = 10,2) de apresentar alteração ventricular e de apresentar lesão parenquimatosa (OR = 5,8). A infecção urinária na gestação estava mais associada ao grupo que apresentou HIC (p = 0,020). CONCLUSÕES: Entre os fatores demográficos estudados não foram abservadas associações com a ocorrência de HIC. A infecção urinária materna na gestação mostrou-se como um fator associado à HIC. As alterações detectadas à RM craniana, dilatação e assimetria ventricular e assimetria associada à alteração parenquimatosa, sugerem alterações morfológicas isoladas, que não constituem comprometimento neurológico detectável ao exame físico na idade escolar