Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rachel Polycarpo da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/7491
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Resumo: |
O estudo analisou a amplitude do conceito de leitura e o desenvolvimento do seu sentido nos discursos que fundamentam a biblioteca escolar, a partir do estranhamento da proposta de trabalho da Biblioteca Flor de Papel (BFP), de formar leitores na Educação Infantil. As análises teóricas e epistemológicas originaram-se da observação das relações estabelecidas em torno da leitura no cotidiano desta biblioteca. A fundamentação teórica utilizada para a compreensão do conceito de leitura apoiou-se nos referenciais da Análise do Discurso, de Michel Pêcheux. Tratou-se de pesquisa qualitativa, realizada como um estudo de caso do tipo etnográfico. Os procedimentos metodológicos para a coleta de dados do campo empírico foram a observação participante, registrada em diário de campo, a análise documental dos projetos de extensão, relatórios anuais da BFP, relatórios dos bolsistas, fotografias, e a coleta do depoimento de outra bibliotecária que atua neste mesmo espaço. As análises conceituais e interpretações dos dados demonstraram que o conceito de leitura é bem mais amplo do que a ideia de leitura presente nos discursos da Biblioteconomia e Ciência da Informação, que também se apresentam nos juízos do senso comum, principalmente nas avaliações quanto ao uso da biblioteca. Confirmaram, ainda, que as crianças observadas são leitoras, demonstrando construir sentidos para as leituras e narrativas orais compartilhadas, interagindo criticamente com os discursos apresentados nos textos, mesmo sem ter o domínio sobre o código escrito. As considerações finais revelaram que a contribuição da BFP na formação das crianças enquanto leitoras concentrou-se em oportunizá-las múltiplas possibilidades de interação com as leituras realizadas e com o uso dos livros na biblioteca, enfatizando a expressão de sua opinião e postura crítica na interpretação e compreensão dos textos. O comportamento observado nas crianças foi uma crescente motivação na frequência à biblioteca e no compartilhamento de leituras na medida em que conseguiam intervir nas atividades propostas e estabelecer conexões entre o texto, seus conhecimentos e seus interesses. Também demonstraram relacionar a biblioteca a um espaço de autoria, produzindo livros de histórias e imagens, e solicitando a sua incorporação ao acervo, transcendendo, assim, a condição de leitor para o de autor de suas leituras |