A percepção da vivência de ser motorista de ônibus no contexto da mobilidade urbana: um estudo em Merleau-Ponty

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Alcantara, Vanessa Carine Gil de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14582
http://dx.doi.org/10.22409/PACCS.2020.d.01541362047
Resumo: A mobilidade urbana é a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas no perímetro urbano dos municípios. O trabalho do motorista é pouco valorizado, fazendo este profissional invisível diante da sociedade. Este estudo teve como objeto a vivência de ser motorista de ônibus no contexto da mobilidade urbana, e a tese defendida foi que, a partir da percepção de sua vivência na mobilidade urbana, seria possível superar a invisibilidade social, firmando um compromisso de uma direção mais consciente e prevenir acidentes. Como objetivo geral, pretendeu-se compreender a percepção da vivência de ser motorista de ônibus no contexto da mobilidade urbana, a partir do referencial merleau-pontyano. Como objetivos específicos, almejou-se descrever a percepção da vivência de ser motorista de ônibus, discutir a percepção da vivência de ser motorista de ônibus no contexto da mobilidade urbana a partir do referencial merleau-pontyano e das ciências do cuidado em saúde e propor possibilidades de cunho fenomenológico que buscassem uma nova reformulação à problemática levantada pela tese, a partir da escuta dos motoristas de ônibus. O estudo se caracterizou como descritivo de campo, qualitativo, e o cenário da pesquisa foi uma empresa de transporte coletivo no Leste-fluminense, na cidade de São Gonçalo. Participaram do estudo os motoristas em concordância com o termo de consentimento livre e esclarecido. A coleta de dados ocorreu pela entrevista fenomenológica, norteada por uma questão: Como você vivencia a experiência de ser motorista de ônibus? O tratamento dos dados se deu por unidades de significação, agrupados pelo conteúdo destacado dos relatos dos sujeitos, subsidiado por conceitos do pensamento fenomenológico de Maurice Merleau-Ponty. Foram encontradas cinco categorias: 1) O motorista de ônibus e os atravessamentos enfrentados no cotidiano; 2) Eu sou pelo outro: o mundo na vivência no ser próprio em relação; 3) A educação balizadora para o trânsito seguro: atividade do motorista permeada pela temporalidade e a subjetividade; 4) A mobilidade urbana: o motorista-próprio em movimento; 5) O cuidado e o contexto dos motoristas de ônibus: uma perspectiva fenomenológica de transcender o mundo percebido. Compreendeu-se que a profissão de motorista de ônibus gera impactos na saúde do condutor, e os comportamentos dos usuários e dos demais motoristas também influencia o psicológico desse trabalhador. A partir das entrevistas fenomenológicas, traduziu-se o conhecimento filosófico para a construção social