Efeito de microadições de Zr em um aço C-Mn-Si no crescimento de grão austenítico e na temperatura de não recristalização da austenita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Souza, Ana Rosa Baliza Maia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-graduação em Engenharia Metalúrgica
Engenharia metalúrgica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/20957
Resumo: Este trabalho aborda a análise do efeito de microadições de Zr em um aço CMn- Si no crescimento de grão austenítico e na temperatura de não recristalização da austenita (TNR). Para confecção das ligas foram realizados cálculos usando os produtos de solubilidade do nitreto e carboneto de Zr para determinar a melhor adição de Zr. Com base nestes cálculos foram confeccionadas três ligas, duas baseadas no produto de solubilidade do ZrN, uma com 0,039% de Zr e a outra com 0,057 % de Zr, para estudo do efeito deste precipitado no ancoramento dos grãos austeníticos em temperaturas elevadas e a outra com Zr suficiente para formação de ZrN e ZrC, ou seja com 0,123% de Zr, para garantir o ancoramento dos grãos austeníticos (ZrN) e para retardar a recristalização da austenita (ZrC). Foram calculadas as frações molares de precipitados de ZrN e ZrC, usando o modelo de Rios, onde foi observado que, para as três ligas há uma fração de ZrN que precipita em temperaturas maiores que 1300ºC, estes precipitados provavelmente são grandes e não são eficazes para o ancoramento dos grãos austeníticos. Para o aço com 0,123% de Zr, o cálculo mostra que há precipitação deste carboneto para a faixa de temperatura de laminação de acabamento, o que pode contribuir para o retardo na recristalização da austenita. Foram realizados tratamentos térmicos com intuito de simular o reaquecimento de placas, os resultados obtidos para os aços microligados com Zr foram comparados com os aços comerciais C-Mn, microligados ao Nb e Ti-Nb. Os resultados mostraram que os aços microligados com Zr apresentaram tamanho de grão bem menores que os aços C-Mn e Nb, entretanto o aço com Ti-Nb comercial apresentou tamanho de grão bem menor que todos e praticamente a metade do tamanho de grão do aço com 0,123% de Zr , que foi o aço com Zr que apresentou menor tamanho de grão. Apesar disto, o tamanho de grão do aço com 0,123% de Zr foi considerado satisfatório para a faixa de temperatura de tratamento reaquecimento de placas. Foram realizadas laminações piloto com intuito de observar a presença de TNR nas ligas. As ligas com 0,039 e 0,057% de Zr não apresentaram TNR, como era esperado, uma vez que todo o Zr destas ligas está na forma de ZrN. Já o aço com 0,123% de Zr apresentou grãos austeníticos com aspecto de alongados à 850ºC.