Avaliação do desempenho cognitivo de cuidadores de idosos com dor

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Andrade, Giselle Nascimento de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Niterói
• Palavras-chave em Português: Idoso; Cuidador; Dor; Cognição; Enfermagem; Cuidadores; Elderly; Caregiver; Pain; Cognition; Nursing
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22215

Devido ao aumento da expectativa de vida e, consequentemente, o número de morbidades incapacitantes e presença quase que obrigatória do cuidador, é necessário que se conheça a sobrecarga desses cuidadores. Associado a essa sobrecarga, está a combinação do esforço físico, da pressão emocional, do estresse, da dor, das limitações sociais e das exigências econômicas que surgem ao cuidar de alguém doente. Dessa forma, a prática do cuidado reflete-se na saúde e, consequentemente, na qualidade de vida dos cuidadores. Objetivo geral: Caracterizar o desempenho cognitivo de cuidadores de idosos com dor aguda e crônica. Objetivos específicos: Analisar o desempenho cognitivo de cuidadores de idosos da amostra; Verificar relação entre desempenho cognitivo e a dor aguda e crônica em cuidadores de idosos; Verificar se há diferença no desempenho cognitivo em cuidadores de idosos de acordo com a intensidade e localização da dor. Método: Trata-se de um estudo exploratório, não experimental de abordagem quantitativa com delineamento transversal e uma amostra não probabilística de 30 cuidadores de idosos. A coleta de dados foi realizada na sala de espera das consultas no Centro de Atenção à Saúde do Idoso e seus Cuidadores, Niterói-RJ. Foram utilizados instrumentos para o levantamento de dados como um questionário sociodemográfico para caracterização da amostra, a Escala Multidimensional de Avaliação de Dor e o Exame Cognitivo de Addenbrooke – Revisado. Resultados: Entre as características sociodemográfica foi observado a predominância de cuidadores do sexo feminino 29 (96,7%), maior prevalência da faixa etária entre 58-64 anos (66,7%), sendo a maior quantidade dos participantes com 60 anos. A relação de parentesco foi em maior percentual (33,3%) de mãe/pai e filho(a) e quanto ao estado civil a maioria dos cuidadores são casados com 16 (53,3%). Em relação à escolaridade, 16 (53,3%) possuem ensino médio completo e 46,7% consideram sua situação econômica mediana. De acordo com a atividade como cuidador, tempo total de atividade teve a mediana de 54 meses e 168 horas semanais foi a mediana relacionada a carga horária de cuidado. Quanto ao uso de medicamentos para dor, 12 (40%) afirmaram ser raramente. Como resultados da Escala Multidimensional de Avaliação da Dor, a intensidade mais frequente foi a moderada com 26,7%, dor aguda apareceu em 46,7% das respostas e crônica com 53,3%. Para dor aguda o termo mais frequente foi insuportável com 21,42% enquanto persistente (25%) foi o mais comum em dor crônica. As localizações mais frequentes de dor foram cervical e lombar. Analisados os escores do Exame Cognitivo de Addenbrooke, a média total foi de 80,70 e entre os domínios, memória representou a menor média (16,27/26). Diante do teste de Mann-Whitney, adotando um nível de significância de p≤ 0,05, verificou-se não haver significância estatística quando comparados os resultados do ACE-R com a característica da dor, aguda ou crônica e ainda com a intensidade da dor. Já comparado à localização da dor, houve uma relação os domínios memória, fluência e visual- espacial além do resultado total do exame com as dores presentes em pés, perna e região lombar consecutivamente. Conclusão: Sabendo do perfil sociodemográfico e de saúde, além da avaliação de dor e desempenho cognitivo, os resultados desta pesquisa podem contribuir para o embasamento científico, desenvolvimento e aperfeiçoamento de ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e educação em saúde como estratégias voltadas às principais necessidades dos cuidadores de idosos