A presença das mulheres negras nos cursos de graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Gracyelle Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27960
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo investigar a presença das mulheres negras nos cursos de graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF), nas unidades do município de Niterói, nos anos de 2012, 2018 e 2019. Como objetivos específicos, analisar a relação entre a presença negra e não negra no quadro de discentes da UFF, nos cursos ofertados em Niterói, com destaque em particular na presença de mulheres negras. Averiguar a influência das Políticas de Ações Afirmativas na presença negra nos cursos de graduação da UFF, evidenciando a presença feminina negra. E, por fim, evidenciar o significado e/ou importância do conhecimento universitário para mulheres negras egressas dos cursos de graduação, refletindo sobre qual foi o papel da universidade, quais foram as dificuldades enfrentadas ou problemas que interferiram na sua permanência na Educação. As metodologias de pesquisa utilizadas foram a qualitativa e a quantitativa. A abordagem quantitativa sendo verificada a partir bancos de dados, posteriormente transformados em tabelas referentes aos quadros discentes, nos respectivos anos selecionados, as categorias gênero e raça informada em cada curso, possibilitaram a análise quantitativa. Neste estudo, a partir da coleta e análise dos dados, percebemos que há uma presença representativa das mulheres negras na UFF nos cursos menos elitizados. Algumas carreiras consideradas “imperiais” pertencentes a grupos mais privilegiados, como Medicina, Direito, Odontologia e Relações Internacionais começaram a ter o ingresso das mulheres negras, nos anos 2018 e 2019, com a Lei de Cotas. As mulheres negras estão em posição menos desiguais, sendo desafiadas a ocuparem espaços que antes da Lei de Cotas eram ocupados pela maioria pertencente à população branca. Mesmo com o avanço proporcionado pelas políticas de ações afirmativas, ainda é possível vermos uma manutenção dos lugares sociais, por que as mulheres negras ainda são sub-representadas no interior dos cursos de graduação da UFF. Através da abordagem qualitativa é feita a opção pela História oral nesta pesquisa como um suporte metodológico para tratar desse tema atual e recorro à oralidade como opção epistemológica e sustentação para investigação politicamente comprometida com a valorização das experiências subjetivas e a reconstrução das histórias de vida de egressas com enfoque na escolarização.