Memória, testemunho e escrita melancólica em Memórias do cárcere e Infância, de Graciliano Ramos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Maria Abrahão dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11171
Resumo: Este trabalho pretende analisar Infância (1945) e Memórias do cárcere (1953), de Graciliano Ramos, e tem como fio condutor o estudo da construção do discurso irônico na obra que atua como mecanismo de defesa contra os influxos melancólicos presentes na escrita do autor. A escrita de Graciliano Ramos está estritamente ligada à experiência e ao testemunho do autor que, ao escrever suas memórias – sobre o período em que esteve no cárcere e sobre suas vivências na infância, - vale-se de um processo constante de autoquestionamento e de questionamento dos valores da sociedade para construir uma escrita irônica com traços melancólicos, de acordo com a nossa leitura dos estudos freudianos sobre melancolia. A obra de Graciliano Ramos não atrai o leitor tanto por seu caráter histórico, mas, sobretudo pelo testemunho literário singular de um autor cujo estilo irônico e conciso extrai do cotidiano as insignificâncias, as miudezas, os fragmentos de pessoas e de fatos com os quais representa a matéria de sua experiência