Habilidades culinárias de indivíduos adultos em um Centro de Educação para jovens e adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ribeiro, Rafaela de Souza Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31042
Resumo: A culinária promove relação interpessoal e hábitos mais saudáveis e reforça a relação saúde e prazer, mas para tanto, é preciso desenvolver habilidades. As habilidades culinárias são consideradas como confiança, atitude e aplicações de conhecimentos individuais para desempenhar tarefas culinárias, desde o planejamento dos cardápios e das compras até o preparo dos alimentos, sejam esses in natura, minimamente processados, processados ou ultraprocessados. O objetivo do trabalho foi analisar as habilidades culinárias de indivíduos adultos de ambos os sexos, utilizando um instrumento de identificação de habilidades culinárias. O presente estudo foi do tipo transversal, de natureza quantitativa e de caráter descritivo. A população de estudo foi composta por estudantes, professores e funcionários do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) localizado no bairro Madureira. A coleta de dados foi realizada na forma de entrevista voluntária com aplicação do questionário, Brazilian Portuguese Cooking Skills and Healthy Eating Questionnaire, que compreendiam 8 escalas de habilidades culinárias. Além das escalas, também foram abordadas questões, socioeconômicas e demográficas, massa corporal e estatura autorreferidas, prática de atividade física, práticas alimentares e frequência alimentar. A análise estatística foi realizada pelo software R, versão 4.0.4 e para nível de significância adotou-se um valor de p inferior a 0,05. As habilidades culinárias foram pontuadas pela escala do tipo Likert de cinco pontos e por categórica dicotômica. Com o somatório das pontuações utilizou-se os quartis da pontuação da escala de habilidade culinária para dividir a amostra em três grupos: baixa, média e alta habilidade culinária. Foram entrevistados 102 indivíduos, no qual 26 obtiveram uma pontuação inferior a 184,2 (baixa habilidade culinária), 50 com pontuação entre 184,2 e 209,5 (média habilidade culinária) e 26 com pontuação superior a 209,5 (alta habilidade culinária). Houve resultado significativo entre o nível de habilidades culinárias e as variáveis idade, renda familiar e per capita, escolaridade, massa corporal, IMC, diagnóstico nutricional e imagem corporal. Em relação as variáveis referentes as práticas alimentares, houve resultado significativo para hábito de cozinhar aos finais de semana, ter como forma de aprendizado aulas e/ou cursos, e o pai ou outro familiar. Possuir alguns equipamentos e utensílios também foi associado a um nível alto de habilidade culinária. Assim como, maior frequência no consumo de leguminosas, frutas e queijos. Conclui-se que existem níveis diferentes de habilidades culinárias entre os adultos estudados, porém a maioria apresenta nível médio de habilidade culinária, sendo influenciada pelas características dos indivíduos. Essas características se tornam barreiras em relação as habilidades culinárias. Programas de intervenção culinárias que considerem o nível de habilidades culinárias são importantes para a promoção da alimentação saudável.