Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Damião, Charbel Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9021
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Resumo: |
A prevalência de deficiência de vitamina B12 nos pacientes submetidos a tratamento de longa duração com MTF varia de 5,8-31%. Apenas um estudo estimou a prevalência da deficiência de vitamina B12 entre os pacientes brasileiros com DM2 em uso de metformina e foi realizado na região sul do Brasil. Devido à escassez de dados em pacientes brasileiros, este estudo teve como objetivo determinar a freqüência de deficiência bioquímica de vitamina B12 e seus fatores relacionados em pacientes com DM2 em uso de metformina. Métodos: Pacientes com DM2 e um grupo controle de não diabéticos foram incluídos. Os níveis séricos de vitamina B12 foram quantificados utilizando um imunoensaio quimioluminescente. Deficiência bioquímica de vitamina B12 foi definida como níveis séricos <180 pg/mL. Associações entre a deficiência de B12 e as variáveis categóricas foram determinadas com teste qui-quadrado ou exato de Fisher. As associações entre variáveis contínuas e a deficiência de vitamina B12 foram determinadas com o teste de Mann Whitney. O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para avaliar a correlação entre as variáveis numéricas. A análise multivariada utilizando regressão logística foi realizada para identificar fatores associados de forma independente com a deficiência de vitmaina B12. Resultados: 462 indivíduos foram incluídos, sendo 231 pacientes com DM2-MTF e 231 controles. A mediana da idade do grupo de DM2-MTF foi de 60 anos. Comparado com o grupo controle, nenhuma diferença foi observada na freqüência do uso de IBP (Inibidores da bomba de prótons) ou antagonistas dos receptores de histamina tipo 2 (Anti-H2). A deficiência bioquímica de vitamina B12 foi mais freqüente entre DM2 em uso de MTF quando comparado com o grupo controle (22,5% versus 7,4%, p <0,001). Após a exclusão de usuários IBP/Anti-H2, a freqüência da deficiência de vitamina B12 persistiu significativamente maior no grupo DM2-MTF (17,9% versus 5,6%, p = 0,001). Os fatores que interferiam de forma significativa nos níveis séricos de B12 após a regressão múltipla foram o uso de IBP /Anti- H2 e duração do uso da metformina ≥10 anos. O uso de IBP/Anti-H2 associou-se com deficiência de B12, com um risco relativo de 2,60 (95% intervalo de confiança, 1,34-5,04). A prevalência de anemia e o VCM não foram diferentes entre os pacientes DM2-MTF com e sem deficiência de B12 (23,1% versus 18,9%, p= 0,378 e 89,4 versus 89,0, p= 0,153). Por outro lado, macrocitose foi significativamente mais frequente no grupo de pacientes com deficiência de B12 (9,6% versus 0,6%, p <0,001). Conclusões: Os pacientes com DM2 em tratamento em longo prazo com metformina e uso concomitante de IBP/Anti-H2 estão em maior risco de desenvolver deficiência bioquímica de vitamina B12, quando comparados aos não diabéticos. É importante avaliar cuidadosamente a prescrição de IBP/Anti-H2 nesta população. Além disso, a deficiência de vitamina B12 deve ser considerada no diagnóstico diferencial e no manejo das comorbidades do diabetes, especialmente da neuropatia |