Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Soares, Glaucimara Riguete de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/1048
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Resumo: |
O objetivo do estudo foi compreender o significado que a mulher trabalhadora atribui à vivência do climatério. Foram depoentes dezoito professoras de um colégio estadual em Trajano de Moraes-RJ. Estudo descritivo e qualitativo, de abordagem fenomenológica à luz de Martin Heidegger, respeitou os princípios éticos de beneficência e não-maleficência. Construiu-se unidades de significado, compreensão vaga e mediana e hermenêutica. Na compreensão, a mulher que trabalha e vivencia o climatério sente calor intenso e repentino, irritação, sofre... muda hábitos/comportamentos... são coisas estranhas, que não sabe explicar, que a preocupa; refere experiências de sua mãe, irmã e outras mulheres do seu convívio social; compara ou diferencia do momento que vive; procura o médico para conversar, acompanhar, atenuar seu desconforto e saber se é preciso tratamento; aceita como parte da vida de toda mulher e enfrenta. Percebe as modificações trazidas pelo tempo, refere que já não consegue mais fazer as coisas como fazia. Preocupa-se mais com a vida e sente necessidade de mudanças; diz que trabalhar é satisfação e oportunidade de trocar idéias, de se sentir vitoriosa e livre; refere sobrecarga e incompreensão no cotidiano da casa e escola; revela que o companheiro influencia sua vida nas questões relativas ao trabalho, ao relacionamento e a liberdade; reflete sobre a fase que se encontra e vai vivendo aproveitando a vida e cuidando da própria saúde. Na hermenêutica, revelou que o climatério é fenômeno da natureza que encontra o ser mulher dentro do mundo e se mostra como coisa “dotada de valor”. A presença desta mulher é um sendo que se relaciona com o ser numa compreensão enraizada na cotidianidade e apenas existe encoberta nas coisas dotadas de valor, próprio do que é ôntico. A mulher trabalhadora no climatério expressou a vivência numa condição de ser simplesmente dado, pois manifestações nunca sentidas vieram ao encontro de seu mundo. No cotidiano pensaram que era parte da profissão, da vida. O mostrar-se do fenômeno revelou a impessoalidade da mulher. No mundo da ocupação, pensaram na possibilidade de poder conviver bem com as manifestações no cotidiano, mas a permanência do fenômeno sinalizou estranheza quando sentiram coisas difíceis de explicar. Ser-mulher-trabalhadora-no-climatério é ser-com cotidiano enraizado na co-presença, envolvida no falatório que determina o modo de ser. Na decadência do atendimento médico se lançam enquanto presença e se fragmentam em modos de ser-em. Lançadas percebem modificações trazidas pelo tempo e sentem o corpo diferente. O trabalho é a possibilidade de não estar-só e ser cura para os problemas. A família não compreende e o companheiro se revela na impessoalidade diante da mulher sendo co-presença no mundo da ocupação. Quando estas mulheres refletiram sobre a vida, se mostraram na condição de ser-aí-mulher-trabalhadora-no-climatério e decidiram viver pacientemente, cuidando da saúde com atenção. Assim, o fenômeno climatério precisa ser explorado de forma adequada pelas Políticas Públicas de Saúde e, conseqüentemente, pelos profissionais da saúde, inclusive enfermeiros das áreas de saúde da mulher e saúde do trabalhador na possibilidade de compreendê-lo nos diferentes modos de ser das mulheres |