Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Sónia Kristy Pinto Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34938
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O campo de estudo dos biomateriais é multidisciplinar e se baseia em conceitos tanto das engenharias como das ciências da Vida. Embora seja muito antiga (Sec XVI), a ideia de correção de tecidos lesados através da substituição, é somente a partir da década de 1940 que se observa um interesse crescente na pesquisa deste assunto (cerca de 175.000 artigos no Pubmed) e é a partir da década de 1980 que encontramos artigos associando o uso de biomateriais e a resposta imunológica (em torno de 3300). Atualmente biomaterial é definido como "material destinado a interagir com sistemas biológicos para avaliar, tratar, aumentar ou substituir qualquer tecido, órgão ou função do corpo". Para fornecerem um ambiente apropriado para a interação organismo-biomaterial os biomateriais precisam ser suportes (scaffolds) porosos. Cerâmicas, polímeros sintéticos e polímeros naturais são os três principais tipos de biomateriais utilizados como suporte para a interação organismo biomaterial. Assim os biomateriais não só interagem com o corpo, mas são utilizados para influenciar e testar processos biológicos. OBJETIVO: Determinar micro e macroscopicamente a cinética da resposta imunológica a implantes de esponja adsorvidos com proteínas heterólogas em animais previamente tolerizados ou sensibilizados com a respectiva proteína. MATERIAL E MÉTODOS: Camundongos fêmeas C57/BL6 foram divididos em 8 grupos experimentais e um grupo controle negativo (contendo n=12 cada grupo). Foram realizadas as seguintes etapas: Etapa 1 -Tolerização: Grupos Tolerantes - os animais receberam como opção para beber água e clara de ovo adocicada por 5 dias Grupos não Tolerantes os animais receberam apenas água para beber. Etapa 2 sensibilização: metade de cada grupo recebeu 200L de ovalbumina (OVA) contendo 1mg de Al(OH)3 a outra metade recebeu por via subcutânea 200L de salina contendo 1mg de Al(OH)3. Etapa 3 implante: os animais de cada um dos grupos foram divididos em novos grupos e implantados na região interescapular com três micro-esponjas. Sub-grupos a) micro-esponjas previamente adsorvidas com OVA; b) micro esponjas previamente adsorvidas com OVA e soro autólogo; e c) micro-esponja previamente adsorvidas com soro autólogo; d) micro-esponja previamente adsorvida com salina. O término dos experimentos, se dará com a retiradas das micro-esponjas após 10 e 35 dias pós-implante. Para tal, os animais receberam uma dose letal de anestésico. Antes da retirada da micro-esponja foi registrado o aspecto macroscópico do entorno. Após a sua retirada esta foi fixada em Formalina de Carson 10% e processada para HE e Alcian Blue. Para estatística utilizamos ANOVA Two-way com pós-teste de Bonferroni considerando n=6 (para cada tempo de retirada) e significância de p<0,05. RESULTADOS: Nos gráficos apresentados demonstramos que a proteína adsorve a micro-esponja por dois mecanismos. Um de forma direta, ou seja, as esponjas incubadas na solução de Lowry demonstram a presença de proteína e outra de forma indireta a quantidade de proteína na solução contendo OVA antes e depois da incubação das esponjas é significativamente diferente. Observamos uma diminuição proporcional na quantidade de proteína encontrada, após a incubação. Não ocorre apenas a redução do volume da solução proteica. Demonstramos também que ao lavar em uma solução com pH neutro não removemos quantidades significativas da proteína quando esta está saturada, ou seja, nas duas concentrações mais elevadas. Todos os animais de todos os grupos ganharam peso ao longo do experimento. Observamos que todos os grupos ficaram sensibilizados à micro-esponja. Tanto grupos tolerantes como os sensibilizados tiveram menos células no interior das esponjas implantadas por 10 dias em relação aos grupos com 35 dias de implante. O Soro Autólogo não interferiu na quantidade de células que ficaram presentes no interior das esponjas. Todos os grupos que tiveram as esponjas retiradas após 35 dias não apresentaram formação de cápsulas ao entorno da micro-esponja. CONCLUSÃO: todos os grupos com retirada da micro-esponja após 10 de implante apresentaram menor número de células no seu interior. A adsorção com soro autólogo não interferiu de forma significativa na quantidade de células, após 10, ou 35 dias de implante das micro-esponjas. A análise histomorfométriacas dos diferentes grupos de tratamento demonstrou variações temporais maiores do que as variações determinadas pelo perfil da experiencia prévia aos antígenos adsorvidos às esponjas |