Dinâmica ambiental e hidrossedimentológica no rio Paraguai entre a Volta do Angical e a cidade de Cáceres - MT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Leandro, Gustavo Roberto dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/32956
Resumo: O corredor fluvial do rio Paraguai é responsável por receber e transferir parte da carga de sedimentos produzida na bacia para o Pantanal, sobretudo o material proveniente das cabeceiras dos afluentes que logo alcançam a planície. O presente trabalho teve por objetivo identificar e analisar os agentes e mecanismos desencadeadores da dinâmica morfológica e hidrossedimentológica no rio Paraguai entre a Volta do Angical e a cidade de Cáceres - Mato Grosso. As etapas metodológicas foram operacionalizadas com trabalho de gabinete, monitoramento em campo e ensaios de laboratório resultando na interpretação da Fisiologia da Paisagem, com auxílio da metodologia geossistêmica. Com o levantamento das características ambientais foi possível identificar a estruturação e esculturação da área de estudo a partir das inter-relações geologia/geomorfologia solo/vegetação e clima/hidrologia (RADAMBRASIL, SEPLAN/MT, IBGE, ANA e EMBRAPA), bem como as principais ocupações e usos. A área foi compartimentada em duas unidades geomorfológicas principais: 1 - Província Serrana em processo de denudação associado às Formações geológicas Raizama, Araras e Sepotuba; 2 - Planície do rio Paraguai embasada pela Formação Pantanal e Aluviões atuais com predominância de deposição. Com a sobreposição das imagens de satélites mudanças na cobertura vegetal foram identificadas com a introdução de diferentes formas de ocupação e usos (aumento de 21,05% em 1984 para 48,94% em 2013). Também em escala espaço-temporal, o corredor fluvial apresentou alterações no canal (migração lateral com recuo de margem) e nas feições morfológicas (rompimento de meandro, surgimento de novos canais e colmatação de baías e lagoas). A utilização das metodologias e técnicas em campo e em laboratório permitiram a sistematização de dados atuais sobre os aspectos sedimentares. Em Novembro de 2013, nos sedimentos de fundo, ocorreu composição heterogenia e em Julho de 2014, predominantemente, arenosa com granulometria fina – acima de 70% nas seções transversais e, longitudinal. Os tipos de sedimentos de fundo contribuíram para a formação das feições positivas (barras convexas, laterais, centrais e submersas) no período de vazante. A hidrodinâmica e suas variáveis oscilaram nos períodos distintos do ciclo interanual (variação transversal, longitudinal e temporal). Os maiores volumes foram registrados a jusante dos afluentes com 639,68 m³.s-1 e 801,50 m³.s-1 em Novembro de 2013, bem como as descargas suspensas com 13.098,59 t/dia e 13.365,17 t/dia no mesmo período. Em Julho de 2014 os maiores valores ocorreram em P13, última seção transversal monitorada com 362,29 m³.s-1 e 18.155,07 t/dia. As condições atuais de transporte e deposição de sedimentos no sistema fluvial estão ligadas a fatores ambientais com alterações no uso do solo, a exemplo da redução das savanas (-22,70%) para pastagens (+23,46%), detrimento pontual da vegetação em Áreas de Preservação Permanente – APPs e aumento de expansão urbana (+4,43%) em áreas de Floresta Aluvial (-2,55%).