Distribuição de nitrogênio inorgânico e orgânico, e emissões de óxido nitroso nas águas fluviais da bacia hidrográfica do rio Paquequer, Teresópolis, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Alvim, Renata Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3073
Resumo: As atividades humanas estão provocando alterações substanciais no ciclo do Nitrogênio. Tais alterações resultam no aumento das formas reativas, na distribuição das suas diversas formas nos sistemas aquáticos e na geração de gases de N, considerados importantes reguladores de processos químicos e físicos na atmosfera. Um desses gases gerados é o N2O, que além de ser um dos gases do efeito estufa, contribui para o consumo do O3 estratosférico. O presente estudo teve como objetivo avaliar os impactos provocados na distribuição das espécies de N dissolvidas, às cargas de N e às emissões de N2O, provenientes do despejo de águas residuais urbanas não tratadas nas águas fluviais da bacia hidrográfica do rio Paquequer (Teresópolis, RJ). O rio Paquequer nasce em uma Unidade de Conservação Ambiental, o PARNASO, no entanto, os impactos começam quando o rio deixa o parque e segue em direção ao perímetro urbano do município, onde recebe elevada carga de águas residuais urbanas. Posteriormente, atravessa áreas onde se desenvolvem atividades rurais, até desaguar no rio Preto. As coletas foram realizadas no mês de agosto (2010), período caracterizado pela estiagem, ao longo da bacia hidrográfica do rio Paquequer e de seus principais afluentes. Foram efetuados medidas in situ de pH, condutividade, temperatura, além das análises de NH4+, NO2-, NO3-, NTD, concentração e fluxo de N2O. O NTD variou de 580 a 9996 μg N L-1, valores estes encontrados respectivamente dentro da unidade de conservação e no perímetro urbano do município. Nos 4 pontos de amostragem localizados em áreas sujeitas a pouca influência direta das atividades humanas (3 na unidade de conservação), predominou o NOD em relação às formas inorgânicas de N, sendo que destas predominou o NO3- em relação às demais. Nestes 4 pontos, os níveis de NH4+ e NO2- foram inferiores a 20 μg N L-1. Nos trechos mais poluídos da bacia do Paquequer predominaram o NH4+ e o NOD. As emissões de N2O variaram de 0,7 a 201 μg N m-2 h-1 na calha principal do Paquequer e de 1.1 a 9.9 μg N m-2 h-1 nos 3 tributários investigados. Nos locais situados dentro dos limites do PARNASO e no córrego Príncipe, setores não, ou muito pouco, sujeitos à descarga de esgotos, as emissões variaram de 0,7 a 6,1 μg N m-2 h-1. As maiores emissões ocorreram dentro e no limite do perímetro urbano inferior, com valores na faixa de 68 a 201 μg N m-2 h-1. As concentrações de NH4+ e N2O mostram correlação estatisticamente significativa (r2 = 0,73)‚ sugerindo que a produção desse óxido nas águas poluídas da bacia do Paquequer possa estar associada predominantemente ao processo de nitrificação, do qual surge como subproduto na etapa de oxidação do NH4+.