Efeito da talidomida e da pentoxifilina na produção de mediadores inflamatórios e na patogênese da encefalomielite autoimune experimental (EAE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Corrêa, José Otávio do Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9799
Resumo: A Encefalomielite autoimune (EAE) em ratos Lewis é um modelo experimental de doença desmielinizante e inflamatória do sistema nervoso central (SNC) humano. EAE é amplamente aceita como estudo de mecanismos imunoinflamatórios no SNC relacionados com a esclerose múltipla (EM) devido a alterações clínicas similares. O Fator necrose tumoral alfa (TNF-) tem sido implicado como um mediador chave na fisiopatologia e no processo inflamatório do CNS. No presente estudo duas drogas (talidomida e pantoxifilina) foram utilizados durante o desenvolvimento da EAE por serem conhecidas como inibidoras de TNF- em ratos Lewis. A EAE foi induzida com inoculação de homogeneizado medular de cobaia em adjuvante completo de Freunds no coxim plantar no dia 0 e ratos tratados durante 15 dias, com talidomida injectada por via subcutânea ou pentoxifilina injetada intraperitonial. Avaliação clínica foi realizada diariamente e a análise histológica (colorações de Hematoxilina e Eosina e Weigert Pal Russel) do tecido cerebral e da medula espinhal realizada no final do experimento. O método de Griess foi escolhido para a determinação do NO e ensaio imunoenzimático (ELISA) utilizado para medir os níveis das citocinas e interferon gama (IFN- e TNF- plasmáticos. A Talidomida causou uma redução significativa na neuroinflamação e da desmielinização no SNC. Níveis plasmáticos de NO, IFN- e TNF- também apresentaram acentuada redução. Esses achados foram correlacionados com a melhoria dos sintomas clínicos. Em 90% dos ratos tratados com a talidomida não desenvolveram EAE. Nossos experimentos mostraram que a pentoxifilina não foi efetiva na modulação da EAE. O resultado ainda sugere que a talidomida interfere fortemente com a patogenia EAE e nos mecanismos de desenvolvimento e produção de mediadores inflamatórios. Tal droga pode também ser considerado um importante instrumento para a utilização em esquemas terapêuticos de doenças inflamatórias desmielinizantes do SNC como a esclerose múltipla