Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Renata da Silva Fontes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/8800
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Resumo: |
As doenças crônicas, ao longo do tempo, acabam por demandar um tipo de assistência com práticas específicas e uma capacidade de lidar com o doente para além de sua doença, voltando-se para as várias dimensões do sujeito. A abordagem dos Cuidados Paliativos é um tipo de atenção proposto para o pacientes fora de possibilidade de cura. Os profissionais de saúde que lidam com este tipo de abordagem, tem na sua prática diária o cuidado como objetivo, este mesmo cuidado que é relegado a uma instância de menor importância no atual modelo de saúde tecnológico, onde o fazer, o produzir, é mais importante do que o escutar. Cuidar não é apenas conhecer os mecanismos que levam à doença, mas aproximar-se do outro numa relação de seres humanos, Este trabalho teve como objetivo buscar entender como a equipe de saúde inserida no contexto de cuidados paliativos percebe, e como se expressa em sua prática diária, o cuidar e a autonomia do paciente fora de possibilidade de cura. O estudo sustentou-se teoricamente nos conceitos de Autonomia da teoria Principialista proposto por Beauchamp e Childress, no Cuidado Integral que traz a ideia de integralidade às ações de saúde tendo por base o acolhimento, o vinculo e a responsabilização. Para compreender as questões dos cuidados de fim de vida, a abordagem dos Cuidados Paliativos, é aqui utilizada. A pesquisa de caráter qualitativo fez uso da teoria das representações sociais como proposta por Moscovici para fundamentar a análise de conteúdo proposta por Bardin, que foi aqui utilizada como método para análise dos dados. Estes dados foram coletados através de entrevistas semi estruturadas feitas com a equipe de cuidados paliativos que faz atendimento ambulatorial e é formada por sete profissionais sendo duas médicas, duas enfermeiras, psicólogo, assistente social e nutricionista de um serviço de atenção oncológica de um hospital público no Estado do Rio de Janeiro. Ao final do trabalho delineou-se que a equipe tem a percepção de cuidado como duas vertentes: uma como procedimento técnico outra como acolhimento. Quanto a autonomia do paciente esta ainda percebida como um tema mobilizador gerador de desconforto e estranhamento. Conclui-se sugerindo o fomento da prática do cuidado integral numa linha de continuidade da atenção ao longo da vida do sujeito, independente do tipo de doença ou do estágio em que esta se encontra e não apenas como uma prática limitada a pessoas que estão em cuidados paliativos. Talvez assim, apoiados na prática de um cuidado integral, a percepção das possibilidades de autonomia do paciente sejam melhor trabalhadas pelo profissional de saúde |