Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Meneses, Tatiana Mota Xavier de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/4866
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Resumo: |
Introdução: Os Postos de Recebimento de Leite Humano Ordenhado (RPRLHO) são uma iniciativa recente, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Estão estruturados em nove das 195 unidades básicas de saúde do município em 2013, e foram desenvolvidos para estimular a doação e recolher o leite materno ordenhado na casa das doadoras para envio a Bancos de Leite Humano, com vistas a aumentar seus estoques de leite humano. Este estudo objetiva avaliar a efetividade dos PRLHO, estimar a prevalência de doadoras e analisar os fatores associados à doação de leite materno. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido em novembro e dezembro de 2013 mediante entrevista aos nove gerentes das unidades primárias de saúde do Rio de Janeiro com PRLHO e a uma amostra representativa de 695 mães de crianças menores de um ano usuárias destas unidades. O marco teórico de Donabedian foi utilizado na avaliação da efetividade. Variáveis de exposição que se mostraram associadas (p ≤ 0,20) à doação de leite materno na análise bivariada foram selecionadas para a análise múltipla. Razões de prevalência ajustadas (p ≤ 0,05) foram obtidas por modelo de regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS: 7,3% das mães doaram seu leite para o PRLHO, variando de 0% a 19,7% entre as unidades. Gostariam de ter doado leite materno 63,8% das mães não doadoras. O volume de leite humano proveniente dos PRLHO representou 18% do total arrecadado no período pelos BLH articulados a estes postos. Ter sido incentivada a doar leite materno (RP=7,057; IC95%: 3,037-16,400), ter recebido orientação sobre ordenha das mamas (RP=3,647; IC95%: 1,482-8,973) e considerar que a unidade a ajudou a amamentar (RP= 2,238; IC95%: 1,199-4,178) foram fatores de proteção à doação de leite materno e a internação do bebê em unidade neonatal (RP=0,094; IC95%: 0,013-0,656) foi identificada como fator de risco à doação. CONCLUSÃO: A baixa proporção de doadoras, de volume de leite doado e de unidades primárias envolvidas nesta iniciativa refletem o estágio de implantação ainda incipiente desta iniciativa. No entanto, o expressivo percentual de possíveis doadoras e de unidades que poderiam participar desta estratégia indicam potencial de expansão importante. A ausência de características distais associadas à doação de leite humano sinaliza o importante papel destas unidades no incentivo à doação de leite humano, na orientação e na ajuda para amamentar. Recomenda-se o investimento público para a realização de uma assistência pré-natal e ao parto de qualidade que favoreça o nascimento de bebês saudáveis, bem como a capacitação dos profissionais de saúde das unidades básicas de saúde nas ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, que contribuem também para a doação de leite humano |