Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ricella Maria Souza da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/26347
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Resumo: |
Introdução: O padrão de atividade dos elementos celulares que compõem o microambiente tumoral e as transformações do tecido circundante, sobretudo do estroma, determinam o comportamento, a agressão e a evolução neoplásica. Em diferentes estudos do microambiente do câncer colorretal (CCR), a relação tumor-estroma (RTE), a expressão de podoplanina (PDPN) e α-actina de músculo liso (α-actina), por fibroblastos associados ao câncer (FAC) e pelas células tumorais (CT), destacam-se como potenciais fatores prognósticos. Objetivos: Avaliar a RTE e a expressão de podoplanina no CCR, bem como as associações desses parâmetros com fenótipos agressivos já conhecidos. Material e métodos: A pesquisa foi realizada numa amostra selecionada, a partir de fragmentos de adenocarcinomas colorretais (ADCCR) incluídos em parafina, provenientes de pacientes que se submeteram a ressecção cirúrgica entre 2013 e 2018 em dois hospitais especializados na Paraíba, Brasil. Variáveis e associações analisadas: gênero, idade, características anatomopatológicas, RTE; expressão imuno-histoquímica de PDPN e α-actina nas CT e nos FAC (expressão observada em Tissue Microarray); associações entre parâmetros clínicopatológicos (incluindo RTE) e imunomarcadores. A RTE foi calculada em material histológico de rotina, utilizada para determinar o status pT. A RTE foi separada em duas categorias: baixo estroma, com percentual estromal ≤50% e alto estroma, com percentual estromal >50%. A expressão dos imunomarcadores foi avaliada em diferentes áreas: RTE; mais invasiva, centro do tumor, budding tumoral e estroma desmoplásico. A RTE e a imunomarcação foram pontuadas por dois observadores, com a concordância interobservador avaliada. Resultados: A amostra incluiu 390 pacientes com adenocarcinoma colônico e retal, sendo 53,8% do sexo feminino, com média de idade de 63,5 anos. Doença avançada foi diagnosticada em quase metade dos pacientes (48,1%). ADCCR rico em estroma foi observado em 53,3% dos casos. Os tumores bem diferenciados apresentaram menor proporção estromal (p= 0,028). Os adenocarcinomas colorretais pobres em estroma apresentaram menor profundidade de invasão (p<0,001). Alto conteúdo estromal associou-se com budding tumoral, envolvimento perineural, angiolinfático, linfonodal e metástase a distância (p≤0,001). ADCCR não metastáticos apresentaram menor quantificação estromal, enquanto aqueles metastáticos exibiram alto conteúdo estromal (p<0,001). Na avaliação imuno-histoquímica, FAC expressando α-actina foram encontrados em mais de 90% dos casos. A imunocoloração de podoplanina foi detectada em CT e FAC, com positividade de 36,8% e 69,3%, respectivamente. Os tumores de estroma alto mostraram expressão aumentada de α-actina e podoplanina em CT e FAC em comparação com tumores de estroma baixo. O status PDPN+ em CT associou-se com o sexo feminino (p= 0,042), envolvimento angiolinfático (p= 0,021; p= 0,047) e metástase a distância (p= 0,014). A concordância entre os observadores foi substancial a moderada. Conclusão: A RTE e a expressão de podoplanina associam-se a fatores prognósticos adversos do ADCCR. A RTE pode potencialmente complementar o sistema de estadiamento atual do ADCCR, com aplicabilidade rotineira. Um aumento da proporção do componente estromal, a expressão de podoplanina por CT e FAC do CCR apontam para um fenótipo tumoral mais agressivo e, consequente, desfavorável desfecho clínico |