Avaliação das atividades biológicas e terapêutica de extratos de plantas da Equisetum hyemale, selecionada por etnobotânica, no carcinoma de células escamosas de boca
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/27423 http://dx.doi.org/10.22409/PPG-CAPS.2021.m.15843515788 |
Resumo: | O carcinoma de células escamosas de boca (CCEB) se destaca como um roblema de saúde pública no Brasil, isso devido sua alta incidência e baixa taxa de sobrevida, mesmo com os avanços de diagnósticos e tratamentos, o desenvolvimento de novas terapias tornam-se necessário. Plantas do gênero Equisetum são popularmente utilizadas no tratamento de diversas doenças entre elas o câncer. Já foi demonstrado o efeito citotóxico de plantas do gênero em células tumorais, mas pouco se sabe o efeito da espécie Equisetum hyemale no tratamento de CCEB. Foi então preparado o extrato da espécie e então realizado uma serie de experimentos in vitro com linhagens de CCEB (SCC9, SCC4 e SCC25) e células normais, ensaios in vivo em camundongos (Mus musculus) e uma análise para identificar os componentes majoritários do extrato. Nos ensaios de MTT com o extrato bruto foram calculados o IC50 em SCC9 de 101,2 ± 0,04 μg/mL, carboplatina 58,7±0,03 μg/mL e em fibroblasto de 1475 ± 0,40 μg/mL e 358 ± 0,047 μg/mL para o extrato bruto e carboplatina, respectivamente. Obtendo um índice de seletividade de 14,56 para o extrato e 6,72 para a carboplatina. Devido aos resultados promissores com o extrato etanólico, foram realizados os ensaios de viabilidade celular com as partições e foi calculado o IC50 para cada uma delas, nas células SCC9, SCC4, SCC25 e fibroblasto sendo a partição de acetato de etila(EHSa) IC50=30,23±0,05 μg/mL(SCC9), 19,17±0,06 μg/mL (SCC4), 36,71±0,06 μg/mL (SCC25), 447± 0,01 μg/mL (fibroblasto) e hexâno(EHSh) IC50= 123,1± 0,04 μg/mL (SCC9), 452,7 ± 0,17 μg/mL ( SCC4), 185,8 ± 0,85 μg/mL (SCC25), 347.2 ± 0,55 μg/mL ( fibroblasto) e a de diclorometano(EHSd) não alcançou 50% de inibição nas concentrações testadas. A fração mais seletiva foi a EHSa com um índice de seletividade médio de 15,59. Na análise morfológica foi observado blebling de membrana e retração celular. E nas marcações de fluorescência a fração EHSa marcou caspase 3/7 ativas, foi positivo para I.P e foi observado núcleos picnóticos através da marcação por Hoechst. A fração não demonstrou atividade hemolítica. No ensaio de toxicidade aguda não apresentou toxicidade no pulmão e baço. No rim causou reação contra o extrato, mas não se observou dano renal e no fígado causou degeneração vacuolar moderada e binucleação celular além de uma hiperemia portal moderada, mas não se observou pontos de necrose. Na composição fitoquímica foram identificados componentes já descritos como flavonoides diglicosilados, flavonoides não glicosilados, derivados do ácido cinâmico e foram identificadas 6 novas substâncias nunca descritas nesta espécie: 5-hidroxi-3',4',7,8-tetrametoxiflavonam (14), 5,4´-diidroxi-7,8,3´-trimetoxiflavona (15), 5,7-dihidroxi-3',4'-dimetoxiflavona (16), 3',4',5,7-tetrametoxiflavona (17), 5-hidroxi-3',4',7-trimetoxiflavona (18), 5,4´-diidroxi-3´-7´-dimetoxiflavona (19). Além disso, foi identificado diversas substâncias com atividade antiproliferativa de linhagens tumorais nas 3 frações, como os glicosídeos de kaempferol. O extrato de E. hyemale inibiu a viabilidade de linhagens de CCEB de maneira seletiva através de morte por apoptose. A fração EHSa possui baixa toxicidade in vivo e foram identificadas 6 substâncias nunca descritas na espécie E. hyemale entre elas a 16 e 18 já possuem atividade antiproliferativa em células tumorais descritas. |