Sociedade dos esquemas: uma etnografia sobre candidatos à carreira policial militar no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rodrigues, Eduardo de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34312
Resumo: A presente tese é uma etnografia realizada entre candidatos à carreira policial militar na região suburbana carioca. Partindo da observação dos objetivos e expectativas desses jovens, ela procurou compreender as representações sociais nativas acerca do seu projeto profissional antes de qualquer contato formal com a corporação. A análise está dividida em duas partes, que descrevem a maneira como o trabalho de campo que embasa seus dados foi realizado. Inicialmente, a observação se realizou num “preparatório” para o próximo concurso da polícia, onde o contato com os candidatos envolveu a dinâmica de estudos para as provas. Num segundo momento, a etnografia já percorreu outros espaços do cotidiano nativo fora do “cursinho”, através da circulação por lugares de moradia, trabalho e lazer desses jovens. Como forma de organizar o texto, uma categoria nativa inscrita nos contextos pesquisados assumiu papel de eixo organizador das histórias contadas. Da mesma forma, ela serviu também como categoria analítica do interesse dos candidatos em se tornarem policiais. A tese mostra que agenciar “esquemas” mediante os usos oportunos da farda, da arma e da carteira de identidade funcional é uma forma de reposicionamento favorável numa série de mercados encravados no cotidiano dos candidatos, onde mercadorias de distintas ordens são trocadas do ponto de vista econômico e reputacional. A comunidade moral forjada entre candidatos e policiais, alinhada ainda à significativa proximidade entre suas territorialidades na cidade, mostra que “ser policial militar” marca mais continuidades do que rupturas com cotidiano civil prévio dos proponentes à carreira.