Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Izidoro, Júlia Dutra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34481
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Resumo: |
A presente pesquisa é dedicada a analisar os modos de narrar o “dissenso”, conceito de Jacques Rancière, presentes na escrita da poeta portuguesa contemporânea Golgona Anghel. Nas obras Como uma flor de plástico na montra de um talho (2013), Vim porque me pagavam (2011) e Nadar na piscina dos pequenos (2017) serão analisados poemas que mantém uma narratividade dialogada com a “racionalidade do dissenso”. Rancière recorre a uma análise minuciosa da eficácia estética quando associada ao fazer político em sua origem: o reconhecimento da não igualdade e da importância de romper com as “cenas de palavras” que mantêm a “máquina da explicação”, fundamentada na luta de classes e, ao mesmo tempo, na sua perpetuação. Para o filósofo francês contemporâneo, essa máquina é paradoxal quando pretende organizar os espaços sensíveis a fim de emancipar os sujeitos e ampliar a democracia. É necessário, portanto, não o consenso de uma “democracia representativa”, mas o dissenso de uma política da palavra, no campo da arte e da poesia, de uma “política do poema”. Os gestos de Golgona Anghel e suas influências no campo do cinema, da filosofia e da própria poesia contemporânea, convidam o leitor a desarticular a “máquina da explicação” e, através da ironia como cena, perceber os manejos da construção de subjetividade e as consequências angustiantes desse processo na vida comum. Serão considerados como eixos temáticos: cena, igualdade, política, angústia e tempo. |