Lugares abandonados e as arquiteturas em ruínas: ruptura e subjetividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Rafael Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28669
Resumo: Essa pesquisa se propõe a investigar em última instância a essência e os sentidos contidos nos lugares abandonados e seus elementos: as arquiteturas em ruínas. A partir da contextualização dos processos de ruptura que levam ao abandono de lugares e de suas arquiteturas, dou início à pesquisa, que subsequentemente traça uma reflexão sobre a representatividade simbólica das ruínas. Essas diretrizes servem de base para o escopo central do estudo. Com uma estética particular, as ruínas urbanas seriam o exemplo concreto de fraturas que ocorrem na cidade. Elas simbolizam, de certa maneira, a decadência urbana e as mudanças que o próprio tempo impõe à arquitetura. Nesse contexto, e considerando a importância da experiência vivida da arquitetura, de cunho fenomenológico, busco refletir acerca do tipo de subjetividade que desenhamos na exploração desses lugares, das impressões registradas em nosso cognitivo quando da percepção de sua imagética. Com o intuito de assimilar os distintos signos e linguagens apreendidos nas ruínas urbanas, utilizo uma leitura semântica do espaço e a partir desse ponto proponho a análise do arruinamento enquanto uma arte-arquitetura. Opto por um viés metodológico em que a incursão nos lugares abandonados se desenvolve nos moldes do movimento de exploração urbana nomeado: Urbex. O destaque ao movimento e suas atividades, dá luz a questões contemporâneas, muito pouco debatidas no universo acadêmico e também fora dele. Esses distintos atores, ao adentrarem a “cidade esquecida”, protagonizam uma ressignificação dos espaços arquitetônicos, através de uma experiência lúdica de escapismo das normas citadinas. Nesse arcabouço, toma-se por partido elencar a cidade de Petrópolis como campo de trabalho, selecionando 11 locais com cenários de arruinamento de impacto estético e sensorial, onde almejo corroborar os conceitos fundamentais da pesquisa, baseados nas considerações do arquiteto Christian Norberg-Schulz, de nos voltarmos à essência dos lugares.