Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Martins, Andressa de Azevedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33199
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Resumo: |
O presente trabalho analisa em A cidade sitiada (1949), de Clarice Lispector, aspectos que circunscrevem o subúrbio de São Geraldo em desalinho, assim como a construção ficcional da personagem central, Lucrécia Neves, e seu sentimento de não pertencimento em ambientes em que transita. O estudo apreende a cidade como um agente determinante de definição da narrativa em sua integralidade, salientando a representação da mulher em trânsito nos espaços e suas dissonâncias na literatura contemporânea. A presente dissertação está pautada na análise de correspondências de Clarice Lispector escritas em Berna, no período de 14 de abril de 1946 a 25 de março de 1949, com endereçamento a Elisa Lispector, Tania Kaufmann, Lucio Cardoso e Fernando Sabino, em consonância à criação de A cidade sitiada (1949), romance que abarca um cenário de relutância recepção entre críticos e leitores. Investiga-se a escritura da missivista Clarice como radiografia de seu estado de espírito na Suíça, reflexivo, arrefecedor e solitário, preenchendo a narrativa de sua terceira obra literária com sentimentos igualmente apartados. A cidade é uma obra atravessada pelas performances de personagens que mapeiam São Geraldo em alteridade feminina, alteridade animal, alteridade social, alteridade corporal e a alteridade da taciturnidade constitutiva da linguagem. O referido trabalho objetiva, portanto, elucidar a construção da cidade e de seus personagens nas perspectivas dos deslocamentos territoriais, dos estranhamentos geográficos e afetivos e dos silêncios ensurdecedores. |