Avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos e da diversidade genética de cepas de Streptococcus pyogenes isoladas no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Arêas, Glauber Pacheco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6300
Resumo: Streptococcus pyogenes, também referido como estreptococo do grupo A (EGA), é responsável por uma variedade de infecções com diferentes graus de morbidade e sequelas não supurativas, associadas à expressão de diferentes tipos de proteína M, seu principal marcador epidemiológico. A droga de escolha para tratamento é a penicilina, sendo macrolídeos e lincosamídeos alternativas terapêuticas para as quais já foi relatada resistência, associada a diferentes fenótipos e genótipos. O objetivo desse estudo foi a investigação da susceptibilidade aos antimicrobianos de 100 cepas de EGA isoladas a partir de secreção de orofaringe (91) e outras secreções (9), no período de 2008 a 2012, a caracterização daquelas resistentes aos macrolídeos, a determinação do tipo emm e a avaliação da diversidade genética. Foram realizados testes fenotípicos para a identificação da espécie e testes de susceptibilidade aos antimicrobianos, pelo método de difusão em ágar. As cepas resistentes e intermediária aos macrolídeos foram submetidas à determinação dos fenótipos de resistência, pelo teste de aproximação de discos, à determinação da concentração inibitória mínima (CIM) de eritromicina, por diluição em ágar, e à investigação dos determinantes genéticos de resistência, por PCR. Os tipos emm foram determinados pelo sequenciamento da região variável do gene emm e a diversidade genética pela análise dos perfis de fragmentação do DNA cromossômico após tratamento com enzima de restrição e eletroforese em gel em campo pulsado (PFGE). Todas as cepas foram susceptíveis à ceftriaxona, levofloxacina, penicilina G e vancomicina. Foram observados 20% de resistência à tetraciclina, 14% à clindamicina e 14% à eritromicina. Os fenótipos de resistência a macrolídeos foram MLSBc (10) e MLSBi (4) e os genótipos observados foram: ermA (2), ermB (5), ermA/ermB (6) e mefA/E/ermA (1). Trinta e oito tipos e subtipos emm foram observados, porém os mais freqüentes: emm1, emm4, emm12, emm22 e emm81 representaram 45% das cepas analisadas. Três novos subtipos emm foram encontrados nesse estudo. A partir da análise de PFGE e dos tipos emm foi possível constatar que as cepas resistentes a macrolídeos apresentaram ampla diversidade genética entre si, o que demonstra que tal característica não foi relacionada à disseminação de um ou mais clones. Porém, observou-se elevada similaridade genética entre cepas pertencentes a um mesmo tipo emm. Chama a atenção o elevado número de cepas resistentes à eritromicina com o fenótipo MLSB, o que inviabiliza o uso de macrolídeos e lincosamídeos no tratamento de infecções por EGA.