Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Souza, Patrícia Alexandre de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/4959
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Resumo: |
A cidade de São José dos Campos localizada no Vale do Paraíba é considerada uma área altamente suscetível à poluição do ar devido à geografia desta região, caracterizada por cadeias montanhosas que dão origem a Serra do Mar e Mantiqueira, dificultando a circulação geral da atmosfera e comprometendo a dispersão de poluentes atmosféricos bem como às emissões industriais de alto potencial poluidor proveniente dos parques industriais existente na região e suas vizinhanças. O objetivo do trabalho é caracterizar o material particulado atmosférico fino (PM2,5) e grosso (PM2,5-10) e determinar a composição química dos constituintes inorgânicos solúveis em água associados a estas partículas. As amostras de PM2,5 e PM2,5-10 foram coletadas semanalmente, em período contínuo de 24 h, por intermédio de um amostrador Dicotômico PM10 Sierra-Andersen em São José dos Campos entre fevereiro de 2004 a fevereiro de 2005 totalizando 60 amostragens. As concentrações médias anuais ± desvio padrão de PM2,5 e PM2,5-10 foram respectivamente iguais a 15,7 ± 7,9 e 14,8 ± 8,4 μg m-3. As maiores concentrações de particulado fino e grosso ocorreram no período de estiagem, enquanto que as concentrações mais baixas no período de chuvas, evidenciando o papel fundamental das chuvas na limpeza da atmosfera . Os íons NH4 + e SO4 2- ocorreram predominantemente no particulado fino correspondendo a 62% do total dos constituintes e 20 % da massa; por outro lado, os íons Cl-, Na+ e NO3 - predominaram no particulado grosso equivalendo, juntos, a 54 % dos íons inorgânicos e 11% da massa. Em média, 96% do SO4 2- associado ao PM2,5 equivale ao excesso de SO4 2-, ou seja, a outras fontes naturais e/ou antrópicas não provenientes do sal do mar. A razão NH4 +/ (Exc-SO4 2- + NO3 -) encontrada no PM2,5 igual a 1,08 sugere a formação de aerossóis de (NH4)2SO4 e NH4NO3 provenientes de atividades antrópicas. O déficit médio de cloreto foi de 42% para o PM2,5 e de 39% para o PM2,5-10. O déficit de Cl- para o PM2,5 durante o período de estiagem foi 4 vezes maior do que no período de chuvas, sendo o mesmo não observado para o PM2,5-10. Mais de 90% do K+, Ca2+ e Mg2+ encontrados em ambas as frações finas e grossas representa a parcela não-marinha (natural e/ou antrópica) destes íons. A modelagem hysplit para as retrotrajetórias de massas de ar auxiliou na identificação de episódios de transporte a longa distância, de material particulado de procedência continental e marítima em amostras que apresentaram composição química extremamente alta. A distribuição de chuvas ao longo do período de estudo, foi fundamental para o entendimento do comportamento sazonal das partículas atmosféricas finas e grossas em São José dos Campos. |