Impacto da alteração da superfície na circulação atmosférica da região metropolitana da Grande Vitória (ES)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Correa, Wesley de Souza Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Espírito Santo
BR
Geografia
UFES
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufes.br/handle/10/11735
Resumo: A Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), é a área mais industrializada e urbanizada do estado do Espírito Santo. Todo esse processo, tem acarretado mudanças na circulação atmosférica local, como a formação e intensificação da ilha de calor urbana (ICU). Diante o apresentado, o objetivo principal desta pesquisa foi estudar o impacto atmosférico devido à alteração do uso e cobertura da terra na Região Metropolitana da Grande Vitória. Esta pesquisa será desenvolvida em duas etapas: a primeira será o estudo observacional da ICU e a segunda etapa será com o uso de modelagem numérica da atmosférica, com emprego do modelo Weather Research and Forecasting (WRF) acoplado ao modelo Building Effect Parameterization (BEP). A análise dos dados observacionais mostram que a intensidade máxima horária de da ICU, na RMGV, foi de 7,35°C, às 14h em outubro de 2017 e de 7,53°C, às 15h em janeiro de 2018. Apesar dos valores, frequentemente, a ilha de calor na RMGV é menos intensa do que as registradas em áreas de altas e médias latitudes. Observou-se, também, que a ilha de calor é mais intensa durante o dia, na estação do verão, e, está associada ao horário de maior magnitude de carga térmica disponível no ambiente e não ao que foi armazenado pelo tecido urbano. Através das imagens do Satélite LANDSAT-8, verificou-se que as intensidades e extensões espaciais da ICU superficiais na RMGV chegam a extremos -3°C a +20°C, apresentando uma amplitude de +17°C. Os valores entre +2°C até +8°C, compreendem a maior área, sendo que nas áreas urbanas, comumente, são registrados valores de intensidade +5°C. Os efeitos da urbanização, nas simulações realizadas com o modelo WRF-BEP, mostram que a ilha de calor proporcionou um incremento médio de 5°C na temperatura do ar, fato corroborado pelo aumento do fluxo de calor sensível e redução do calor latente, bem como, favoreceu um acréscimo da razão de Bowen em até 10 vezes. A ilha de calor também, favoreceu no aumento da convergência do ar nas bordas da RMGV, fazendo com que a brisa chegue até uma hora antes, no dia 30/10 ás 09h. Com a presença da cidade, a brisa marítima, ficou estagnada no litoral durante o dia.