Corporeidade e cognição : as relações entre a fenomenologia Merleau-Pontyana e a teoria enativa de Francisco Varela
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Espírito Santo
BR Mestrado em Filosofia UFES Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/9368 |
Resumo: | O objetivo desta dissertação é o estudo das relações entre a teoria enativa de Francisco Varela e a fenomenologia de Merleau-Ponty. Relações que são referenciadas, respectivamente, pelas noções de cognição e corporeidade. Varela propõe a teoria enativa como um desenvolvimento do programa de pesquisa baseado nas primeiras obras de Merleau-Ponty. Assim, a tarefa aqui é compreender até que ponto se pode considerar como válido o caráter dessa continuidade. No entanto, nossa pesquisa começa pela fenomenologia, resgatando, primeiramente, a instauração da ideia de corpo próprio (Leib) feita por Husserl para, então, estabelecer como se desenvolve e quais são os aspectos principais desta noção em Merleau-Ponty. Na segunda parte, procura-se demonstrar como a teoria enativa é construída no interior das ciências cognitivas. Para tanto, seguindo Varela, é recuperada a história desse campo de pesquisa e é demonstrado o pressuposto filosófico de conhecimento como representação que subjaz àquele campo. Esse pressuposto é o alvo da crítica de Varela e o ponto de apoio para se construir a teoria enativa como uma alternativa à representação. O pressuposto dessa nova teoria será a ideia de cognição como uma ação corporalizada. Dado que o pressuposto filosófico das ciências cognitivas é o da representação, Varela encontra seu pressuposto filosófico na noção de corpo próprio de Merleau-Ponty. É pela ideia de intencionalidade motora que se poderá articular, então, teoria enativa, fenomenologia, ciência e filosofia. |