Variabilidade genética de genótipos de mandioca no Estado do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barbiero, Natália Zardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Espírito Santo
BR
Mestrado em Genética e Melhoramento
UFES
Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufes.br/handle/10/7852
Resumo: A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma espécie alógama, monóica, com elevada capacidade de desenvolvimento em condições ambientais adversas, e constitui um alimento básico para mais de um bilhão de pessoas nos países tropicais. A diversidade genética desta espécie é ampla, e possui potencial como base de matéria-prima para uma série de produtos e contribuir para a transformação agrícola e crescimento econômico nos países em desenvolvimento. Objetivou-se caracterizar a divergência genética de 141 genótipos tradicionais de M. esculenta coletados no estado do Espírito Santo através de marcadores SSR e caracteres morfológicos qualitativos, visando extrair novos materiais superiores. Foram coletados 141 materiais, entre genótipos da região sul (63), serrana (40) e norte (38) do estado do Espírito Santo, e três genótipos comerciais BRS Jari, BRS Dourada e BRS Kiriris, materiais melhorados pela Embrapa Mandioca e Fruticultura. As três populações foram avaliadas pelo mesmo grupo de microssatélites e, o maior número de alelos (105) foi detectado nas populações da região sul, com maior número de indivíduos amostrados (63) e média de seis alelos por loci. Já para a região serrana foram identificados 92 alelos nos 40 indivíduos, com média de cinco alelos por loci e para região norte 90 alelos nos 38 indivíduos, com média de cinco alelos por loci. Os loci EME260, EME189 e NS198 apresentaram os maiores números de alelos para as populações da região sul, serrana e norte, com os valores 9, 8 e 8, respectivamente. Os resultados obtidos com a análise de variáveis multicategóricas e por marcadores SSRs, evidenciam a existência de variabilidade genética. O método de agrupamento UPGMA para os dados qualitativos e moleculares apresentaram semelhança na formação de grupos. Tanto na caracterização morfológica, quanto na molecular, alguns genótipos comerciais e tradicionais estabeleceram-se dentro de um mesmo grupo. Podendo afirmar que os materiais tradicionais possuem características semelhantes aos comerciais que já passaram por algum processo de melhoramento genético. A caracterização foi realizada de forma eficiente com o uso de descritores qualitativos, destacando-se os caracteres cor externa do caule, cor do pecíolo e forma do lóbulo central das folhas, que apresentaram grande variabilidade, sendo considerados os descritores apropriados para a diferenciação dos genótipos de mandioca neste estudo. Existe alta diversidade no material estudado, com a maior parte desta variabilidade distribuída entre as regiões sul e serrana.