Políticas públicas, saúde e exercício ético : mestiças composições
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Espírito Santo
BR Mestrado em Psicologia Institucional UFES Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/2957 |
Resumo: | Nessa dissertação propomos a discussão do modo como temos (nos) produzido (nas) políticas públicas (na) saúde: como tem se produzido políticas públicas, como temos nos produzido nas políticas públicas em saúde, como tem se produzido nas políticas públicas saúde. Produção de políticas públicas, produção de nós mesmos - entendida a partir do exercício ético-, e produção de saúde: produções que nos interessam em seus atravessamentos, seu hibridismo, em suas costuras, em suas mestiças singularidades, produções que nos interessam ainda em suas insurgências com a temática do governo. Iniciamos essa dissertação com a história de Arlequim-pierrot-incandescente para apontar já de início a força da mestiçagem como algo que atravessa: a pesquisa, uma política pública, a saúde, nós mesmos. Ao longo do texto trazemos algumas cenas recolhidas desse conviver a pesquisa em uma Unidade Básica de Saúde de Cariacica. As cenas são o dispositivo a partir do qual intentamos acessar as práticas através das quais se configura uma (micro)política pública na atenção básica em saúde. Se nos interessa essa noção de que produzir saúde é nos encaminharmos pelas veredas da liberdade, da potência, do “manter-se de pé”, o que se colocou como exercício fundamental foi por em análise as práticas em funcionamento na atenção básica, a fim de fazer a crítica e operar os desvios em relação aos movimentos que conformam e confinam a saúde a uma função normalizadora que a atravessa historicamente. Nos interessa ainda acentuar a dimensão pública no Sistema Único de Saúde, por meio do exercício ético e da sua experimentação crítica. Pública, uma política se faz no paradoxo de permanecer na impermanência, ou seja, de manter-se inacabada, e assim pode se talhar com as mestiçagens que o cotidiano nos serviços oferta. Pública pode se pensar nas práticas, pode repensar suas práticas. Ao experimentar essa abertura nos enveredamos nas suas costuras micropolíticas. Nesse sentido, publicizar é já produção de saúde, é já desencaminhar as totalizações, é já refrear os intimismos e assujeitamentos, é alargar os caminhos presentes de autonomia, confiança, vínculo, cuidado, acolhimento, saúde enfim. Assim, nos encaminhamos para a afirmação de uma saúde-ético-política. |