"A Dona de Tudo" : o que é ser mulher, mãe e esposa de acordo com as representações sociais de mulheres de duas gerações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Coutinho, Sabrine Mantuan dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Espírito Santo
BR
Doutorado em Psicologia
UFES
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufes.br/handle/10/3120
Resumo: É bastante difundida na atualidade, especialmente pela ação dos meios de comunicação, a convicção de que, nas últimas décadas, as mulheres têm compreendido e vivenciado a experiência da maternidade e do casamento com muitas transformações em relação à geração anterior. Há incerteza, entretanto, quanto ao grau de consolidação de tais transformações no contexto das práticas cotidianas correntes na vida familiar e conjugal. O presente estudo objetivou identificar as práticas cotidianas nas quais as mulheres estão envolvidas e a rede de representações sociais que orienta as ações e atribuições da mulher na família (representações sociais de maternidade, gênero, casamento, esposa). Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas individuais com 20 mulheres de estrato socioeconômico de média para baixa renda: 10 que tiveram filhos na década de 1960, com idades entre 60 e 74 anos (consideradas 1ª geração), e 10 que tiveram filhos na década de 1990, filhas das participantes da 1ª geração, com idades entre 34 e 45 anos (2ª geração). O roteiro de questões proporcionou às participantes falarem de suas experiências e práticas cotidianas na família de origem e na família constituída, indicando transformações e permanências nas representações e práticas entre as gerações. Os dados foram organizados a partir de dois procedimentos que se complementaram: o método fenomenológico para investigação psicológica, visando desvendar/construir a estrutura do fenômeno experienciado, e o software Alceste, que possibilita conhecer o conteúdo das representações sociais, e identificar seu campo comum. Buscou-se identificar as oposições/antinomias presentes nos discursos que podem contribuir para elucidar a origem das representações sociais que interessavam ao estudo. Os resultados evidenciaram pontos de aproximação e distanciamento entre as duas gerações estudadas, em relação à forma de compreenderem e vivenciarem o papel feminino na família e no casamento. Mesmo que as transformações de uma geração a outra não tenham deslocado completamente o lugar da mulher no âmbito das relações familiares e de gênero no intervalo de tempo considerado, mudanças expressivas no papel feminino no contexto familiar e conjugal foram detectadas. Palavras-chave: práticas cotidianas, themata, relações intergeracionais.