"Menina não entra": um estudo da segregação sexual na interação ludica de crianças de 8 e 9 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Souza, Fabrício de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Espírito Santo
BR
Mestrado em Psicologia
UFES
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufes.br/handle/10/3041
Resumo: A segregação sexual é um fenômeno comumente observado na interação entre as crianças em diferentes culturas e grupos sociais. A escolha por parceiros de mesmo sexo inicia-se antes dos três anos de idade, aumentando com o passar do tempo e mantendo-se notavelmente entre os seis e os onze anos. O presente trabalho estudou a segregação sexual sob uma perspectiva etológica buscando compreender o papel das variáveis situacionais na regulação deste comportamento durante as interações lúdicas. Registrou-se, em vídeo, o comportamento de um grupo de aproximadamente 12 crianças com idades entre oito e nove anos, participantes do movimento bandeirante de Colatina/ES. Frente à possibilidade de variação no número de crianças durante a coleta de dados, o foco de análise incidiu sobre os comportamentos expressos nos diferentes contextos. Os resultados demonstraram que os meninos detêm um padrão de comportamento mais agitado que o das meninas, sendo que essas mostraram-se mais calmas no contato entre elas e mais agitadas em dadas interações com os meninos. A despeito das diferenças, observou-se que muitos foram os contextos nos quais a aproximação entre meninos e meninas, assim como a manutenção das interações não-agonísticas entre ambos, evidenciaram-se. Variáveis situacionais são discutidas na análise das diferentes categorias comportamentais, ressaltando-se a importância dos estilos de brincadeira na determinação da segregação sexual.