O Império Romano e o reino dos céus: a construção da imagem sagrada do imperador em De Laudibus Constantini, de Eusébio de Cesaréia (séc. IV d.C.)
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Espírito Santo
BR Mestrado em História UFES Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/3421 |
Resumo: | Em 25 de julho de 336, durante as celebrações das Tricennalia de Constantino, Eusébio de Cesaréia, um bispo palestino, pronunciou uma oração que veio a ser conhecida como De laudibus Constantini (Em louvor de Constantino). Embora fosse esperado que panegíricos desse tipo louvassem o imperador de maneira tradicional, este vai além disso. Tomando o tema do trigésimo aniversário de ascensão de Constantino ao trono de Roma, Eusébio o desenvolve em um discurso cristão sobre monoteísmo, relacionando estreitamente Constantino a Cristo. Estranho como possa parecer em uma oração dessas, ele nunca pronuncia o nome de Jesus, nem as palavras crucificação, sacrifício ou ressurreição. Utilizando, entretanto, vários recursos helenísticos, filosofia grega e mesmo misticismo pagão, Eusébio concebe o imperador como representante de Deus na Terra, uma mimese de Cristo, o Logos Universal. Para ele, Constantino, por suas virtudes intrínsecas, é membro da Trindade que rege o Universo. Ao apresentar tal idéia, o discurso, laudatório como é, constitui o primeiro documento que possuímos que constrói a imagem sagrada do imperador de uma forma exclusivamente cristã uma exposição da teologia política cristã, da qual Eusébio é um dos precursores. Esta dissertação lida com várias instâncias de De laudibus Constantini, a fim de investigar o papel de Eusébio e sua oração na formação da basileia, a realeza sagrada romano-bizantina que surge no século IV. |