Fungo micorrízico arbuscular Gigaspora albida (Gigasporaceae) atenua o estresse salino em milho crioulo (Poaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Arruda, Maria Valdiglezia de Mesquita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Ciências Agrárias - CCA
Brasil
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/1438691490740154
http://lattes.cnpq.br/8822693224163806
http://lattes.cnpq.br/0424387651987567
https://doi.org/10.21708/bdtd.ppgfito.tese.11992
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11992
Resumo: O uso de rejeito salino de osmose reversa para irrigação é uma realidade para muitos produtores. Porém, sem manejo adequado, pode gerar muitos impactos negativos nas culturas e no solo. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) podem atenuar o efeito do estresse salino, melhorando a disponibilidade hídrica e nutricional, bem como o estresse oxidativo. Objetivouse no presente estudo avaliar o efeito do fungo micorrízico arbuscular (FMA) Gigaspora albida, na fisiologia, crescimento, balanço nutricional, bioquímica e resposta antioxidante de milho crioulo (Zea Mays), sob diferentes níveis de condutividade elétrica do rejeito salino da osmose reversa. O estudo foi conduzido em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4, com seis repetições. Os tratamentos foram três condições micorrízica: (M1- plantas testemunha sem inóculo fúngico, M2- plantas com inóculo fúngico de G. albida e M3- plantas com inóculo fúngico de G. albida, mais a microbiota do solo), combinados com quatro níveis de condutividade elétrica do rejeito salino (CEa): (0,5, 1,8, 3,1, e 4,4 dS m-1). Aos 30 dias após imposição do estresse salino, foram avaliadas: trocas gasosas, fluorescência da clorofila, acúmulo de biomassa, acúmulo de sódio, fósforo, potássio, taxa de colonização das raízes (TCR), densidade de esporos (DE), teor relativo de água (TRA), prolina livre (PL), açúcares solúveis totais (AST), proteínas solúveis (PS), pigmentos fotossintéticos, peróxido de hidrogênio (H2O2), peroxidação lipídica (MDA) e atividade das enzimas antioxidantes. A irrigação com água de rejeito salino da osmose reversa reduziu as trocas gasosas, a eficiência quântica do fotossistema II e o crescimento das plantas de milho. A interação dos fatores aumentou a produção de biomassa da raiz e parte aérea nas plantas M3, no nível 2,5 e 1,8 dS m-1, respectivamente. Na CEa 4,4 dSm-1, as plantas M1 apresentaram maior relação raiz/parte aérea e massa radicular. As plantas M2 e M3 reduziram o acúmulo de sódio na folha e elevaram o potássio no colmo. As plantas M1 e M2 acumularam mais fósforo na folha. As plantas M3, em virtude da CE, apresentaram maior TCR e DE. Nas análises bioquímicas, as plantas M1 foram mais eficientes na redução do MDA. No nível 4,4 dS m-1, observou-se aumento considerável do teor de AST. Nas plantas M2, houve aumento do teor de PL e AST. Em M3, sob CEa elevada, houve manutenção do TRA, aumento da biomassa seca, PL, AST, redução do teor de H2O2 e aumento na atividade das enzimas antioxidantes. Os pigmentos foram semelhantes em todos os tratamentos. A irrigação com água de rejeito salino afeta a fisiologia do milho crioulo. O milho em simbiose com G. albida mais a microbiota do solo, entre os níveis 1,8 e 3,1 dS m-1, melhorou o crescimento, balanço de Na+, P, K+ na planta e reduziu a relação Na/K. A CEa 2,9 dSm-1 aumentou a DE, em níveis mais extremos 4,4 dS m- 1, prejudica a colonização de G. albida nas raízes. O aumento da CEa promoveu estresse osmótico e oxidativo nas plantas de milho. A simbiose entre as plantas de milho com G. albida (M2) e as plantas inoculadas com G. albida mais a microbiota do solo (M3) favoreceram a redução de íons de Na+; o ajuste osmótico, pelo aumento na concentração de PL e AST e o estresse antioxidativo, pela ação das enzimas ascorbato peroxidase nas plantas dos tratamentos M1 e M2. CEa 3,1 dSm-1, as plantas de milho em simbiose com G. albida mais a microbiota do solo, aumentou a atividade da catalase