Extrato pirolenhoso de jurema preta e eucalipto como antissépticos alternativos no pós-dipping de cabras leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Soares, Waleska Nayane Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Brasil
Centro de Ciências Agrárias - CCA
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Ambiente, Tecnologia e Sociedade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/7436750766676260
http://lattes.cnpq.br/8764990046944796
http://lattes.cnpq.br/5285780811057236
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8813
Resumo: O extrato pirolenhoso (EP) de plantas possui ampla utilização na agricultura como, adubo, contra patógenos e potencializador de produtos fitossanitários, possuindo ação contra bactérias, fungos e vírus. Assim, investigou-se o potencial antimicrobiano dos EP’s de Mimosa tenuiflora e Eucalyptus urograndis como antisséptico nos tetos de cabras leiteiras. Foi realizado a extração dos EP’s de M. tenuiflora e E. urograndis com posterior bidestilação. A técnica de disco-difusão foi realizada para a Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli para ação antimicrobiana in vitro. Os principais resultados incluem susceptibilidade de todas as bactérias testadas com 20% dos EP’s diluídos em água destilada, com ênfase em S. aureus que mostrou inibição na concentração de 15% em ambos extratos. As concentrações dos extratos definidas nos testes in vitro foram utilizadas para análise citotóxica em células (células epiteliais e fibroblastos) obtidas da superfície externa de tetos de cabra. O EP de E. urograndis diminuiu a atividade metabólicas das células, enquanto que EP de M. tenuiflora mostrou-se similar ao convencional iodo a 2%. No teste in vivo foram coletadas amostras da superfície dos tetos de cabras para análise de Contagem Padrão em Placas (CPP). Foi realizado delineamento inteiramente casualizado, ocorrendo em duas etapas, na primeira com o uso de EP de M. tenuiflora e na segunda com EP de E. urograndis, divididos em três grupos de 5 animais. O primeiro grupo com o antisséptico teste, o segundo controle positivo (Iodo 2%) e o terceiro controle negativo (água destilada estéril), aplicados durante 28 dias consecutivos com coletas a cada 7 dias, totalizando 4 coletas. Nos resultados obtidos ambos EP’s mostraram diminuição da contagem microbiana, com destaque para EP de M. tenuiflora que apresentou menor número de colônias bacterianas do que EP de E. urograndis. Foram realizadas análises físico-químicas lactose, gordura, sólidos não gordurosos, proteína, ponto de congelamento, pH e condutividade elétrica do leite das cabras do experimento. Em relação as análises físico-químicas ambos EP’s não interferiram nesses parâmetros. Portanto, conclui-se que o EP de M. tenuiflora a 20% pode ser usado como antisséptico no pós-dipping de cabras leiteiras, e que mais estudos toxicológicos precisam ser realizados para comprovar o uso seguro do EP de E. urograndis